Celebridades

Solteira, Antonia Morais lança disco e diz que não pede opinião dos pais em músicas

Reprodução / Instagram

Antonia Morais na capa de seu segundo álbum

Antonia Morais “derramou” a própria alma na composição e produção do novo trabalho. Aos 28 anos, a atriz e cantora, filha de veteranos da arte Gloria Pires e Orlando Morais, lança o seu segundo disco, batizado de “Luzia 20.20”. Ao contrário de seu primeiro álbum, “Milagros” (2014), cuja sonoridade possui um tom até mais rebelde, este mostra outra faceta da jovem: uma pessoa mais madura e com mais prática para lidar com os próprios sentimentos e vivências.

“Quando fiz ‘Milagros’, tinha 19 anos. Tudo que ouvia, consumia, fazia, a menina que eu era se refletiu na minha música. Eu precisava dar um grito de liberdade. Foi um disco muito autêntico e fiel. De liberdade e rebeldia”, explica ela, sobre o disco cujas canções eram na língua inglesa:

“As coisas mudaram, sou uma mulher. Comecei a produzir (o segundo disco) quando estava para completar 27 anos… Outro momento de vida. Estava imersa na natureza, já tinha me curado de muitas coisas”, destaca a artista, que mergulhou em sonoridades brasileiras e canta em português desta vez.

Antonia conta que escreve desde que era criança, um hobbie. Mas confessa ficou alguns anos sem compor após o primeiro disco. Entende que demanda tempo para que “estímulos e impulsos fossem acumulados” para desencadear na necessidade de colocar tudo em prática novamente. “Organicamente isso aconteceu quando eu estava em Bonito (Mato Grosso do Sul). Ali me senti inspirada e voltei a escrever”, complementa. Nesta época, compôs “Gaivotas” e “Serpente”, duas das sete músicas do disco.

Apesar de ser filha de uma atriz e de um músico consagrados, Antonia não costuma pedir conselhos ou a opinião deles sobre o que produz. Diz que seu trabalho é solitário e prefere mostrá-los só depois de tudo ser finalizado.

“Sou muito independente. Minha natureza é assim. Moro sozinha desde os 20 anos. Meu processo é independente. A minha forma de fazer as coisas é compartilhar quando já está pronto, justamente porque não gosto que haja interferência. Até pela grande experiência que eles têm. Não quero criar atalhos, quero encontrar meus caminhos… Errar. Acho que isso faz parte do processo e parte de se autoconhecer também. É um momento solitário, quase terapêutico”, reflete, antes de brincar:

“Depois mostro para os meus pais. Que ficam surpresos e acham tudo lindo. Lógico, são meus pais, né”.

Ser filha de Gloria e Orlando, aliás, não traz para ela qualquer pressão. Antonia diz que não se cobra nesse sentido, nem com o que as pessoas pensam em relação a isso. Porque, para ela, este é um “problema que não lhe pertence” e não precisa lidar com isso.

E é assim que a jovem age em outras esferas da vida e até sobre sua visão sobre o sucesso, que, para ela, está no processo de criação e concepção de algo que lhe dá orgulho, não nos números após o lançamento. Até porque, define a artista, o que acontece depois não depende dela. “O grande sucesso é estar feliz com o que se está fazendo. Estou realizada”, resume.

“Em tudo o que eu faço derramo a minha alma completamente. Não faço nada pela metade. Sou visceral”.

Postura que se aplica à sua vida pessoal. Antonia dedica o momento a seu trabalho. Está solteira. Terminou recentemente o relacionamento com Paulo Dalagnoli. Os dois estavam juntos desde fevereiro deste ano. Começou o namoro tempos após ter se separado oficialmente do ator Wagner Santisteban, de quem era noiva.

Sobre “Luzia 20.20” – nome escolhido em homenagem ao fóssil mais antigo da América do Sul, de uma mulher negra, que foi atingido no incêndio da Biblioteca Nacional -, o disco estará disponível na próxima sexta-feira.

“É um álbum muito precioso e delicado. A identidade visual está muito ligado ao que vão ouvir, sentir… As letras, as músicas e a ordem delas. É tudo bem amarrado. Sou multi, a gente oferece uma experiência”.