Aliados que conversaram com o presidente Jair Bolsonaro recentemente sinalizam que o novo ministro do Supremo Tribunal Federal a ser indicado para a vaga do decano Celso de Mello será de um perfil “garantista” e que tenha condições de “segurar o tranco”.
Além dos ministros Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência) — nome do coração de Bolsonaro — e André Mendonça (Justiça) — de perfil “terrivelmente evangélico”, como definiu o próprio presidente, cresce nessa linha garantista o nome do ministro e ex-presidente do STJ João Otávio de Noronha.
A percepção no núcleo palaciano é que a indicação será um divisor de águas no Supremo, já que atualmente há um divisão no tribunal entre os ministros chamados “garantistas” e os conhecidos pela defesa da Operação Lava Jato.
“O curioso é que, inicialmente, o nome do ex-ministro Sérgio Moro era o mais forte. Seria um nome que reforçaria decisões em favor da Lava Jato e que poderia retomar o entendimento da prisão a partir da condenação em segunda instância”, disse ao Blog um interlocutor do presidente.
“Mas o vento mudou, e o presidente Bolsonaro quer um garantista capaz de segurar o tranco“, afirmou esse interlocutor.