O escritor João Sá Teles Santana, de Brusque, em Santa Catarina, concorreu a vereador em 2004 e 2008, pelo PP, mas nunca se elegeu. Nas últimas duas eleições municipais (2012 e 2016), ele não entrou na corrida, mas agora resolveu voltar à disputa. E de uma maneira diferente: para homenagear os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro, o candidato do PSL adotou o nome de “Donald Trump Bolsonaro”.
— Com a chegada do Bolsonaro, um patriota conservador de bons costumes, como eu, me empolguei e voltei a concorrer, com a intenção de ganhar e ajudar o presidente e os filhos, a quem admiro muito. A mesma coisa pelo Donald Trump, por tudo que ele tem feito pelos Estados Unidos, principalmente, a reforma tributária, injetando boas coisas na economia, como ele diz — justifica Santana, que afirmou ter ficado surpreso com a repercussão da homenagem que prestou aos presidentes: — Para ser bem franco, a popularidade foi bem maior do que eu imaginava. Achei que quando os santinhos (panfletos) ficassem prontos, fosse haver repercussão na minha cidade, mas não nacional como está tendo.
O catarinense não é o único “parente” do presidente norte-americano que estará nas urnas brasileiras em 15 de novembro — 12 dias antes terá acontecido, nos Estados Unidos, a eleição na qual o Donald Trump verdadeiro tentará conquistar seu segundo mandato. Miguel Simões Leal concorrerá pelo DEM a uma vaga na Câmara Municipal de Macapá, no Amapá, como “Trump”. Essa é a primeira vez que ele tenta ser vereador. Já Ronaldo de Oliveira (Patriota), de Ribeirão Preto, em São Paulo, não é novato na disputa, mas será a sua estreia com o nome de “Ronald Trump” — em 2016, quando apareceu na urna como “Ronaldo de Oliveira Reporter”e era do PROS, só conseguiu ser suplente.