Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, uma empreendedora viu seus negócios pararem durante a pandemia e resolveu se reinventar. Roberta Machado, de 51 anos, transformou o carro, um Fusca, em um quiosque ambulante de plantas.
Às quartas e sábados, ela estaciona o carro todo decorado, ou seja, a floricultura ambulante, na Rua Rainha Elizabeth. De dentro do veículo saem orquídeas, rosas, samambaias, margaridas. E assim ela tem conseguido sobreviver.
Roberta espera ainda conseguir recuperar o dinheiro que gastou para comprar o Fusca modelo 69. Antes da pandemia, ela era sócia de uma empresa de perucas e alugava quartos para turistas. Mas os negócios pararam com a chegada da Covid-19 ao Rio.
A oportunidade de recomeçar também foi uma forma de Roberta homenagear sua mãe, Lia, que morreu em julho, aos 93 anos, de infarto e complicações respiratórias. A floricultura ambulante tem o nome de Lia Linda Flor.
“Tudo começou porque sou apaixonada por flores. Tinha acabado de perder minha mãe e resolvi fazer essa homenagem. Combinei com os moradores de Copacabana, todas as quartas e sábados vou lá. Lá tem muitos idosos, que saem de casa só para ver as flores. Outros compram. Vou na casa deles fazer a ornamentação. Tem gente que vem só tirar fotos”, disse Roberta.
Por causa da pandemia, Roberta ainda enfrenta dificuldades com a burocracia para tirar a licença da prefeitura para trabalhar tranquilamente na floricultura ambulante. Mas já faz sucesso levando flores, cores e alegria às ruas do Rio.
“Não quero ficar só em Copacabana. Quero ir para a Urca, Madureira, todos os bairros”, disse Roberta.