Polícia

Alagoas conclui última etapa de integração da Rede de Bancos de Perfis Genético

Estado está apto a inserir na plataforma DNA de vestigios de materiais biológicos e de condemados pela justiça.

Peritos inseriram com sucesso 90 perfis genéticos de presos condenados/ POAL

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas realizou com sucesso o seu 1° upload de perfis genéticos no Banco Nacional de Perfis Genético (BNPG) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Após implantação do programa CODIS (Combined DNA Index System) do FBI americano, os peritos criminais  inseriram 90 perfis de condenados da justiça.

 

Com essa novidade, Alagoas tornar-se o 22º estado a integrar a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genético, uma iniciativa do Ministério da Justiça em parceria com as Secretarias de Segurança Pública Estaduais. O principal objetivo da rede é propiciar o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça, que são obtidos em laboratórios de perícia oficial forense.

 

O Laboratório Forense de Alagoas vem se preparando desde a sua criação em 2005 para integrar essa importante rede de combate à criminalidade. Com a inauguração do Laboratório de Genética em 2017, a equipe de peritos criminais que atua na unidade, estava trabalhando em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança (Senasp) para implantar a rede.

 

Segunda a perita criminal Rosana Coutinho, chefe do laboratório foram anos de dedicação de todos integrantes da equipe para atingir essa meta.  A unidade passou por estruturação física, aquisição de novos equipamentos, qualificação dos peritos criminais, até essa fase final com a instalação do programa CODIS.

 

Em 2019, os peritos criminais de Alagoas já tinham coletados mais de 1100 amostras de material biológico de condenados da justiça no sistema prisional do Estado. No entanto, como ainda não tinha finalizado essa etapa, os perfis estavam sendo inseridos no banco de dados nacional em Brasília.

 

“A inserção de Alagoas é um marco e um divisor de águas para a segurança pública alagoana. A partir de agora, vestígios biológicos encontrados em locais de crime no Estado e DNA de condenados da justiça do Estado serão inseridos no banco de dados nacional, colaborando com as investigações e com as decisões judiciais de todo o pais,” explicou Rosana Coutinho.

 

Outra vantagem de integrar a rede é que os perfis genéticos de Alagoas serão confrontados com o perfis dos bancos de dados dos outros estados do país. Como também, serão realizadas buscas no sistema com perfis gerados de materiais coletados pelos peritos criminais no local de crime.

 

Até então, o perfil genético desses materiais era traçado e ficava a espera de que  a policia civil apresentasse um suspeito para confronto. Agora com o banco funcionando, esses perfis já serão inseridos no banco, sendo feita uma checagem tanto com o banco de Alagoas como com os bancos dos outros estados, aumentando as chances de identificar o criminoso pelo perfil encontrado na cena do crime.