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Há dez dias internada, Eloisa Fontes quer deixar hospital: ‘Ela só pede isso para a mãe, que só chora’

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Modelo Eloisa Fontes é encontrada perambulando em cidade próxima a Nova York

O único desejo da modelo Eloisa Fontes é ter alta médica. Nas conversas frequentes que tem mantido com a mãe, a jovem de 26 anos só pede para ser liberada do Instituto municipal Phillipe Pinel, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde está internada há dez dias, desde que foi encontrada desorientada dentro da comunidade do Cantagalo, em Copacabana. Francisco Assis, amigo da família que tem dado o suporte para alagoana junto com a sua mulher, afirma que a mãe de Eloisa chora muito no telefone por estar preocupada com a filha.

A modelo está bem, permanece medicada e recebendo todo o suporte psicológico e psiquiátrico no hospital municipal. Por enquanto, não há previsão para ela ser liberada da instituição.

— Ela está bem, dentro das possibilidades. Fala a todo momento que quer sair dali, como todos que se encontram internados. Ninguém quer ficar ali. Eu já conversei com ela duas vezes nessa semana e fala não mantém uma conversa regular por causa da medicação. Só fala que quer sair dali. Ela tem falado com a mãe também. Em todas as vezes, ela falou a mesma história, querendo saber quando a mãe vai tirá-la de lá — diz Assis.

Moradora da zona rural do município de Piranhas, em Alagoas, no Nordeste do país, Luciene ainda sente pelo que acontece com a sua filha. Segundo Francisco, nas conversas que mantêm com a mulher, ela sempre chora, demonstra preocupação, mas agradece pelo apoio que ele e a sua mulher têm dado à jovem. Por conta da pandemia do coronavírus, ninguém pode visitá-la no Pinel, e os contatos só acontecem por telefone quando ela liga.

— Ela tem ligado muito para mãe. Ela não pediu nada para gente, nem para levarmos. Mas só quer sair. A mãe não está tranquila de ver a filha nessa situação. Ela chora muito no telefone, está preocupada. Mas ela deposita as esperanças em mim e na minha esposa, nos disse que “só vocês mesmo para ajudá-la”, porque, se fossem outras pessoas, isso não aconteceria. A gente conversa muito com ela, vamos acalmando e a deixando tranquila — conta.

Exames de gravidez e de DSTs na penúltima internação

Até a penúltima internação, em agosto, Eloisa havia sido submetida a vários exames, entre eles de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, além de HIV, hepatite e HPV. Em todos, a jovem não foi constatada com nenhum problema médico. Agora, ela será submetida a novos exames, mas os resultados ainda não foram repassados pela clínica, o que vai acontecer apenas quando ela receber alta.

— No outro hospital que ela ficou internada, em agosto, o médico disse que ela teve muita sorte. Realizou todos os exames e, graças a Deus, tudo deu negativo, inclusive um de gravidez que ela fez e não constatou nada. Esperamos que agora tudo dê negativo também — diz Assis.

Sobre a transferência para uma clínica particular, Assis explica que isso ainda será analisado e que a decisão só será tomada após ela ter alta do Pinel