Neurologista explica que patologia não tem cura, mas tem tratamento, e pode ser desencadeada por fatores genéticos e ambientais
Dor de cabeça, mal-estar e sensibilidade à luz ou a sons. Esses são sintomas típicos de uma doença crônica que atinge 15% da população brasileira: a enxaqueca. Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a patologia no rol das enfermidades mais incapacitantes do mundo.
A enxaqueca é caracterizada por uma dor de cabeça pulsátil e latejante que surge na forma de crises, conforme explica a neurologista do Hapvida Maceió, Dra. Moana Vergetti Malta.
“É uma doença multifatorial que acomete mais mulheres que homens e, geralmente, está associada à hereditariedade, alterações hormonais e estresse”, afirma a especialista. Apesar de ser mais prevalente em adultos, ela também pode acometer crianças e idosos.
Segundo a médica, crises de enxaqueca podem durar de 4 horas a 3 dias, e sempre pioram com o esforço físico. Segundo um estudo promovido pela Novartis em parceria com a Aliança Europeia para Enxaqueca, 82% dos brasileiros que têm enxaqueca afirmam que sofrem com o impacto social das dores.
DOENÇA NÃO TEM CURA, MAS TEM TRATAMENTO
Dra. Moana explica que a enxaqueca não tem cura, mas tem tratamento. “Primeiramente, é necessário ficar atento aos hábitos de vida do paciente, já que essa doença pode ser estimulada por alguns fatores como privação de sono, jejum prolongado e uso da cafeína em excesso”, diz.
A neurologista destaca algumas terapias que podem ser usadas para tratar a doença. “Toxina botulínica, medicamentos anticonvulsivantes, antidepressivos e betabloqueadores, uso de anticorpos monoclonais e neuromodulação são algumas. Lembrando que o tratamento deve ser individualizado”, ressalta.
“Para evitar a enxaqueca, a dica é manter uma vida saudável com a prática de atividades físicas regulares, especialmente exercícios aeróbicos, e uma alimentação equilibrada. Se os sintomas persistirem, não hesite em buscar ajuda médica”, conclui.