O PSOL ingressou, esta semana, com uma ação criminal contra o apresentador da Rede TV Sikêra Júnior por difamação.
De acordo com o partido, na última segunda-feira, 26, o apresentador teria feito declarações falsas em seu programa na televisão. Na ocasião, ele teria chamado o PSOL de “bando de pedófilos” e afirmou que a legenda entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para “obrigar o ensino da ideologia de gênero nas escolas brasileiras”.
O apresentador também teria dito que o partido tem “taras em crianças”, que quer acabar com a “família brasileira”, que pretende trazer a “safadeza” para as escolas e que quer determinar que os banheiros sejam unissex. “Tudo isso é falso, não tem qualquer relação com a ADI 5658”, afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.
O PSOL explicou que, diferente do que foi falado pelo apresentador, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5668, apoiada por inúmeros segmentos sociais e políticos, pede que o STF interprete o Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei 13.005/2014) conforme a Constituição, alegando que não estão contempladas a prevenção e proibição do bullying homofóbico. A votação será realizada pelos Ministros do STF no próximo dia 11 de novembro.
“O apresentador cria uma fake news grosseira com o único objetivo de ofender a reputação do PSOL. Ele e os veículos que propagaram as suas declarações precisam ser responsabilizados com a mesma gravidade das mentiras criadas”, disse Juliano Medeiros.
Além da ação criminal, o partido também impetrou uma ação por reparação e danos morais contra Sikêra Júnior, a emissora de TV, o Jornal da Cidade On-line e o Google para que o conteúdo deixe de ser veiculado na internet e redes sociais (Youtube, Instagram e Twitter).
Segundo Medeiros, Sikêra Júnior estimula em seu discurso o ódio, a intolerância e a violência contra determinados grupos políticos e ideológicos, em especial contra o PSOL. “Conforme as eleições se aproximam e nossos candidatos se destacam nas pesquisas, a divulgação de fake news tende a aumentar. Essa é uma tática já conhecida daqueles que se promovem por meio da mentira e da destruição da honra de seus concorrentes. Mas acreditamos na Justiça para combatê-las e não pouparemos esforços para responsabilizar seus autores e restabelecer a verdade”, conclui Medeiros.