Furioso com o apagão no Amapá a dez dias das eleições municipais, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre cobra do governo uma solução imediata e decidiu apoiar mudanças na Nova Lei de Gás, que espera aprovação no Senado.
A relatoria do texto, já aprovado na Câmara e que o governo tentava aprovar sem modificações no Senado, ficará com o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
O texto deve sofrer mudanças, defendidas por Braga, em relação a abertura do mercado de térmicas a gás inflexíveis (que geram energia de forma intermitente). Ele também vem criticando posições do Ministério das Minas e Energia.
Cerca de 95% do Amapá está há 60 horas sem energia, desde uma explosão no linhão de Tucuruí, em que transformadores foram atingidos por raios.
O irmão de Alcolumbre, Josiel, candidato à Prefeitura de Macapá, é alvo de ataques de opositores por conta do apagão. A prefeitura da capital decretou estado de calamidade pública.
O MME tenta trazer geradores a óleo de Manaus e pediu, segundo relatos no Congresso, 30 dias para a normalização completa da situação.
Segundo especialistas, o sistema elétrico do Amapá não tem um plano de segurança ou “backup”. Além disso, a empresa de energia do estado, a CEA, tem ficado de fora de planos de privatização, que poderiam ampliar investimentos no setor, por pressão política. Ela é controlada pelo governo do estado.