Política

Quem os candidatos derrotados vão apoiar no 2º turno para a prefeitura de SP

Reprodução / CNN

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Os candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, no dia 29 de novembro. Com 99,92% das urnas apuradas, Covas tinha 32,86% dos votos, enquanto Boulos tinha 20,24%.

Nos primeiros discursos após a definição do cenário na capital paulista, Covas disse que o resultado indica que “São Paulo quer experiência”. O atual prefeito de SP também afirmou que a cidade precisa de responsabilidade fiscal para buscar a redução das desigualdades e que “a esperança vai vencer os radicais no segundo turno”.

Boulos, por sua vez, declarou que “praticamente 70% da cidade de São Paulo votou pela mudança” e que “radicalismo, para mim, é a cidade mais rica do país ter gente revirando o lixo para ter que comer”.

Em terceiro lugar na votação ficou Márcio França (PSB), com 13,64% dos votos, seguido por Celso Russomanno (Republicanos), com 10,50%, Arthur do Val (Patriota), com 9,78%, e Jilmar Tatto (PT), com 8,65%.

Abaixo, confira o que os principais candidatos derrotados falaram sobre o segundo turno.

MÁRCIO FRANÇA

Ainda não declarou apoio a nenhum candidato. Nesta segunda-feira (16), em um vídeo publicado nas redes sociais, França lamentou ficar de fora segundo turno, mas agradeceu aos eleitores que votaram nele.

“Parabéns aos eleitos. Boa sorte para Boulos e Bruno. Saúde para os dois, discernimento, paciência e vamos para o segundo turno que a democracia é assim: acaba uma eleição, começa outra”, disse ele.

CELSO RUSSOMANO

Candidato que teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha, Russomanno afirmou que ainda vai conversar com o partido a respeito de um eventual apoio a Covas ou Boulos. Ele ressaltou que é leal ao presidente e não iria avaliar se o apoio deste contribuiu para deixá-lo de fora da disputa.

“A lealdade e a fidelidade valem mais do que uma eleição”, declarou ele em um discurso no início desta madrugada. “Não conversei com ele [Bolsonaro] ainda, mas vou conversar.”

Russomanno disse ainda que contou com poucos recursos para a campanha, em comparação aos demais candidatos. “Tínhamos poucos recursos e não pudemos fazer impulsionamento. E está cada vez mais claro que o impulsionamento nas redes sociais demonstra uma força muito grande, até pela produção de fake news (notícias falsas) feita contra minha pessoa.”

ARTHUR DO VAL (MAMÃE FALEI)

Declarou que não vai apoiar nenhum dos candidatos no segundo turno. Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube durante a madrugada, ele criticou os dois nomes.

“Vocês aí que estão disputando, Boulos e Covas, querem me dar o quê? Uma secretaria, duas? Uma subprefeitura? Duas? Querem me dar cargo? O que vocês vão me dar? Vou falar para vocês: enrola tudo isso aí e, enfim…”, afirmou. “Eu não quero nada. Não apoio nenhum dos dois. Muito pelo contrário. Nós já somos oposição a esses caras.”

Ele disse ainda que Covas é “um dos piores prefeitos da história de SP” e que a outra opção é “um invasor de propriedade”. Falou também que se sente orgulhoso dos votos que recebeu, mesmo “sem fundão eleitoral, com toda a mídia contra, com todas as pesquisas, sem debate, com 16 segundos na TV, brigando com um monte de figura conhecida”.

JILMAR TATTO

O candidato do PT declarou apoio a Boulos em uma publicação no Twitter na noite de domingo (15). “Acabei de ligar para Guilherme Boulos, a quem tenho como um irmão mais novo. Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo”, escreveu.

Na mesma rede social, Boulos agradeceu o apoio e parabenizou o petista pela campanha. “Vamos juntos agora virar o jogo em São Paulo”, disse o candidato do PSOL.

OUTROS CANDIDATOS

Também concorreram à prefeitura Joice Hasselmann (PSL), Andrea Matarazzo (PSD), Marina Helou (Rede), Orlando Silva (PCdoB), Levy Fidelix (PRTB), Vera Lúcia (PSTU) e Antônio Carlos (PCO). Filipe Sabará (Novo) se registrou inicialmente para concorrer, mas desistiu após ter a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Eles ainda não se manifestaram sobre o segundo turno.