Polícia

PC faz operação contra grupo acusado de movimentar ilegalmente R$ 800 milhões

Foram expedidos 126 mandados de prisão, busca e apreensão, além de bloqueio de bens.

PC/AL

Operação Piànjú

Policiais civis cumprem nesta terça-feira (15) mandados da operação Piànjú, que investiga grupo criminoso que tinha ligações com acusados na operação Lava Jato.

O grupo teria movimentado mais de R$ 800 milhões em esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas fictícias. Eles também teriam falsificado documentos públicos e particulares, inserido dados falsos em sistemas informatizados, cometido estelionato e falsa comunicação de crime.

A operação ocorreu de forma simultânea nos estados do Espírito Santo (Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica), São Paulo (Capital, Santos e Jaguariúna), Ceará (Fortaleza) e Alagoas (Maceió), tendo sido empregados 118 agentes, entre Delegados, Investigadores e Agentes das Polícias Civis dos Estados do Espírito Santo, São Paulo, Ceará e Alagoas, além de Promotores de Justiça e Agentes dos GAECOs do Espírito Santo e São Paulo.

A investigação levou dois anos e descobriu que o grupo que atuava no Espírito Santo agia como “prestador de serviços de lavagem de capitais para outras organizações criminosas, e tinha ligação com empresas e pessoas denunciadas no âmbito de diversas fases da Operação Lava Jato”, como as operações Chorume e Descarte, segundo informou a polícia.

Esse grupo também teria ligações com empresas que atuaram com os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama.

O grupo se valia da precariedade do sistema atual de emissão de identidades civis e os beneficiários tinham os valores remetidos para contas de empresas na China e Estados Unidos.

Na operação, os agentes apreenderam 12 imóveis, três veículos de luxo, 12 motos aquáticas e 11 embarcações.

Foram expedidos 126 mandados, sendo 18 deles de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 30 de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e duas ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas. 

Em Alagoas, a operação ocorre com o apoio da Capitania dos Portos e os mandados estão sendo cumpridos por agentes coordenados pelo delegado Thiago Prado. Não há informações sobre quantos mandados estão sendo cumpridos na capital alagoana.