Saúde

É retomado atendimento oncológico no HU suspenso por falta de máscara

Na última segunda-feira (21), atendendo à requisição de informações do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas, o Hospital Universitário (HU) Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), garantiu que os atendimentos quimioterápicos foram retomados, após dois dias de suspensão por falta de equipamento de proteção individual (EPI) para os enfermeiros oncológicos e que atualmente a oferta do tratamento está normalizado em seu Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

Em 17 de dezembro, na última quinta-feira, o MPF recebeu denúncia de que os atendimentos quimioterápicos no hospital universitário não estavam sendo realizados por falta de máscaras tipo N95 com carvão ativado, essenciais para a proteção dos enfermeiros que ministram os medicamentos oncológicos. No mesmo dia, o Ministério Público Federal instaurou a Notícia de Fato nº 1.11.000.001462/2020-67 e expediu ofício ao HU para que prestasse esclarecimentos no prazo de 24 horas.

A administração do HU respondeu ao MPF dentro do prazo, informando que “as máscaras N95 de carvão ativado para proteção química tem sido fornecidas regulamente a todos os funcionários que manuseiam medicamentos quimioterápicos no CACON-HUPAA”. Mas reconheceu que “houve suspensão dos atendimentos nos dias 16 e 17/12/2020, retornando as atividades no dia 18/12/2020”.

Para resolver a questão urgente de falta de equipamento de proteção química, o HU comunicou que conseguiu empréstimo no CACON da Santa Casa de Misericórdia de máscaras N95 com carvão ativado, em quantidade suficiente para garantir o atendimento quimioterápico até a normalização do seu estoque.

O HU ressaltou por fim, em ofício ao MPF, que “o desabastecimento temporário decorreu de dificuldades na compra do referido EPI, já que a indústria priorizou a fabricação de máscaras para proteção biológica em detrimento das máscaras de proteção química, em virtude da pandemia do COVID-19”.

Apesar de garantir ao MPF que os atendimentos foram normalizados, a instituição continua acompanhando os atendimentos no Hospital Universitário e informa que pacientes e/ou parentes que sejam vítimas da interrupção de atendimentos devem procurar o MPF.