Esporte

Atacante da seleção, Cristiane Rozeira lembra dificuldades na infância: ‘queria bola, me davam boneca’

Instagram

Cristiane Rozeira

Prestes a ser mãe pela primeira vez, sua mulher, Ana Paula, está grávida de um menino (o anúncio foi feito no fim de setembro), a jogadora de futebol Cristiane Rozeira deseja que o filho tenha uma infância mais livre que a sua. A atacante da Seleção Brasileira e do Santos, clube com o qual acaba de renovar contrato, lembra que sofreu preconceito ainda pequena ao manifestar o desejo por um esporte tido, na época, exclusivo para os meninos.

“Desde pequenininha eu tive uma dificuldade grande, eu sempre queria ganhar a bola de presente e me davam boneca. Eu não gostava, queria ganhar uma bola de futebol, que era o que me deixava feliz”, diz a jogadora no episódio ainda inédito da série “Entrevista – Infâncias”, do Canal Futura, que vai ao ar no próximo dia 12.

A falta de referência fez com quem Cristiane acreditasse ser impossível seguir uma carreira no esporte: “Eu nunca tinha visto, na época, o futebol como uma profissão. Eu gostava de jogar, era uma diversão e era uma dificuldade muito grande, porque não havia os espaços para a mulher poder praticar o futebol”.

Hoje, já consagrada, a atleta ver um cenário melhor para as mulheres no futebol: “Estou jogando bola há quase 20 anos na seleção e eu nunca tive tanta visibilidade quanto se tem hoje, porque as mídias sociais facilitam, fazem com que isso chegue até as crianças, até as meninas, e dá uma esperança maior para elas”.