Brasil

Enfermeira perde mãe para Covid-19 e morre 50 dias após ser internada com a doença

Suely Gurgel, de 40 anos , e a mãe, Ivone Gurgel, de 73, morreram com Covid-19. — Foto: Cedida

A enfermeira potiguar Suely Gurgel, de 40 anos, morreu nesta terça-feira (12), por complicações causadas pela Covid-19, segundo comunicado da família. A morte aconteceu pouco mais de um mês após o falecimento da mãe dela, Ivone Gurgel, de 73 anos, também pela doença. Ambas deram entrada no hospital São Luiz, em Mossoró, no dia 23 de novembro do ano passado.

Após uma campanha realizada pela família, Suely havia sido transferida ainda em dezembro para um hospital em Fortaleza, por precisar de um ECMO, que é um equipamento que funciona como um pulmão artificial. Ela faleceu na capital cearense. Por causa da pandemia, não haverá velório.

Suely e a mãe, Ivone Gurgel, de 73 anos, começaram a apresentar sintomas como cansaço e dores de cabeça no dia 16 de novembro. De acordo com a família, elas fizeram o teste na UPA do bairro Belo Horizonte, referência no atendimento a pacientes com coronavírus em Mossoró, e tiveram resultado positivo. No dia 23 de novembro, o estado de saúde das duas se agravou e elas foram atendidas na UPA e de lá encaminhadas para o Hospital São Luiz, onde ficaram internadas.

A família começou a campanha virtual para arrecadar recursos para o tratamento de Suely, que estava com um estado mais grave que a mãe, no início de dezembro de 2020.

Porém, no dia 9 de dezembro, Ivone faleceu após apresentar complicações no estado de saúde. Segundo a família, os rins começaram a paralisar e foi iniciado um tratamento com hemodiálise, mas não houve melhora e ela faleceu na tarde de uma quarta-feira.

Suely conseguiu o tratamento de ECMO e foi transferida ainda em dezembro para um hospital no bairro Messejana, em Fortaleza, no Ceará. Porém, o quadro agravou e ela faleceu nesta terça.

O Rio Grande do Norte registrou, até esta segunda-feira (11), 124.523 casos de Covid-19 e 3.098 mortes provocadas pela doença desde o início da pandemia. Embora a enfermeira estivesse em Fortaleza, o falecimento deverá ser contado como do Rio Grande do Norte, por ser considerado o local de origem do paciente.