Solenidade contou com a presença de autoridades estaduais e federais.
A exemplo do que ocorreu em outros estados que deram início à vacinação contra a covid-19 aos grupos prioritários, o governador Renan Filho (MDB) fez uma análise do cenário para os próximos meses. O governador disse que hoje é um dia de esperança, mas que é preciso seguir caminhando unidos, integrados.
“Será uma caminhada longa, nós teremos um caminho árduo pela frente. Recebemos 16 mil vacinas para a comunidade indígena, o que significa a vacinação de 70% dos índios aldeados de Alagoas. Além disso, vamos priorizar os profissionais de saúde que estão na linha de frente e idosos abrigados em asilos”.
Depois disso, vamos seguir com a chegada de novas vacinas para os profissionais de educação. É um processo longo e lento. Ninguém vai exportar vacina em quantidade agora, porque o mundo inteiro está em busca da vacina.
O chefe do Executivo explicou, ainda, que o Plano Nacional de Imunização prevê que nenhum estado da federação receba vacina antes do outro. Toda distribuição ocorrerá proporcional ao Estado, com as quantidades de doses relativas à população. Nesta segunda (18), chegaram a Alagoas quase 88 mil doses da CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.
Renan Filho explicou que metade das doses seguirão para os municípios do interior de Alagoas, sob forte escolta policial, e que o processo de imunização já deve se iniciar nesta quarta (20). Serão enviadas metade das doses. A segunda dose da CoronaVac deve ser ministrada de 15 a 20 dias.
Na avaliação do governador, o avanço no combate à pandemia passa, inquestionavelmente, pela capacidade de produção doméstica da vacina. “O Instituto Butantan já pediu autorização para liberar mais 2 milhões de doses. Esperamos que a Fiocruz também consiga produzir suas vacinas em solo brasileiro. Porque essa luta para salvar vidas é a luta de todos”.
Questionado sobre aqueles que questionam a eficácia da vacina, Renan Filho disse que não é uma resistência significativa. “Só há fila para o que funciona. Negacionismo não dá mais no Século 21. Isso acabou há muito tempo. O importante é quando teremos a vacina para imunizar o nosso povo”, finalizou.
O gestor prevê, ainda, que após atingir a meta de 400 mil doses, toda população acima de 60 anos deverá ser imunizada, o que deverá representa uma conquista importante, uma vez que este é o grupo de maior letalidade, representando 75% dos casos de morte e internamentos graves.