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Homem é preso após amarrar cachorro em lugar sem água e comida, para que ele morresse

Um homem de 45 anos suspeito de deixar um cachorro amarrado com a intenção de deixá-lo morrer em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso em flagrante pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, após ser ouvido na delegacia, ele foi autuado por maus-tratos qualificado e levado a um presídio na segunda-feira (18).

De acordo com a delegada Ligia Mantovani, as investigações começaram após denúncia anônima. Investigadores compareceram à casa do suspeito, onde viram que o animal estava amarrado junto a um chiqueiro, sem água, comida e sob o sol.

Cachorro tinha mau cheiro — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O cão foi resgatado com muita fraqueza, carrapatos, pulgas, dentes quebrados e podres. Ainda segundo a polícia, ele está com feridas, secreções e exalava mau cheiro parecido a corpo em decomposição.

“Vale lembrar que, em 29 de setembro de 2020, houve uma inovação legislativa que tornou possível a prisão em flagrante de quem comete o crime de maus-tratos contra cães e gatos, tendo a pena aumentado para até cinco anos de reclusão”, pontua a delegada, que ressaltou ainda que já foi pedida à Justiça a prisão preventiva do investigado.

Na delegacia, o suspeito afirmou que o cachorro chorava e gemia, mas que não o ajudava. Depois de resgatado, o cão ficou provisoriamente sob os cuidados de uma pessoa.

“A Polícia Civil não compactua com a prática de crimes em desfavor de animais e está atenta às denúncias para atuar imediatamente na salvaguarda”, finaliza a delegada.

Lei Sansão

O presidente Jair Bolsonaro sancionou no dia 29 de setembro de 2020, sem vetos, a lei que estabelece pena de dois a cinco anos de prisão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.

O texto também prevê multa e proibição da guarda para quem praticar os atos contra esses animais.