Psicólogo explica que início do ano é marcado por sentimento de renovação, mas é preciso adotar alguns cuidados para evitar ansiedade
Mas é preciso ter cuidado para que o sentimento de renovação típico dessa época do ano não gere consequências para a saúde mental, como ansiedade, tristeza e até frustração. O psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa, afirma que “as resoluções de ano novo são comuns porque, sempre que ele começa ou termina, as pessoas costumam fazer um balanço para refletir sobre o que passou e tentar refazer algumas coisas”, diz.
O especialista dá três dicas para que os desejos se tornem realidade. A primeira é avaliar se a meta estabelecida é realmente alcançável. “Eu posso iniciar o ano dizendo que vou ficar fluente em espanhol, mas sabemos que, para conquistar a fluência em uma determinada língua, é necessário tempo e muito empenho”, exemplifica.
Um segundo passo é dividir as metas em pequeno, médio e longo prazo. “É interessante estabelecer um planejamento para cada semana ou mês, mas sem cobranças excessivas. É a partir dessas pequenas conquistas, que eu ganho força e otimismo para seguir adiante”, completa Carol.
Por fim, é preciso estar preparado para eventuais perdas ao longo do caminho, o que poderá implicar, por exemplo, em mudança de planos. “Situações adversas vão acontecer sempre, afinal, a vida é feita de momentos bons e momentos ruins. O mais importante é como você reage a isso. Aquilo que você pensa, é aquilo que você é”, destaca.
Carol ressalta que a pandemia do novo coronavírus aumentou a procura por tratamentos psicológicos e psiquiátricos e que também mudou a disposição dos brasileiros. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de monitoramento de mercado e consumo Hibou, 90% das pessoas gostariam de cuidar mais de sua saúde mental em 2021.
“O vírus é um inimigo invisível que gera ainda mais ansiedade porque não sabemos onde ele está. As pessoas mais sensíveis naturalmente tendem a ficar mais desmotivadas e inseguras para traçar metas para o ano. Quando o sentimento de frustração bate, é hora de acender o alerta e procurar ajuda profissional. O medo de não conseguir alcançar um objetivo é natural, mas não pode ser patológico. É preciso discernir o que é real e o que é fantasioso ou doença”, reforça.
O especialista finaliza afirmando que é necessário saber recomeçar. “Precisamos, cada vez mais, ser adultos funcionais. Se algo acontecer no meio do caminho pare, respire, e comece de novo. Cada problema no seu tempo. Estar em paz consigo mesmo é saber que estamos dando o nosso melhor”.