O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas (Sinttro/AL) realizou, na manhã desta terça-feira (26), a primeira das quatro assembleias que definirão a greve a categoria, que deverá ter início na próxima semana.
A reunião de hoje foi realizada na São Francisco. Com isso, os ônibus da empresa saíram de suas garagens mais tarde, ocasionando transtornos para os usuários.
A categoria cobra dos empresários o reajuste salarial, que não é ofertado desde o ano que 2019 Além disso, os trabalhadores reivindicam os pagamentos de tickets alimentação e plano de saúde, que foram acordados em convenção trabalhista.
O programa de reuniões seguirão nesta quarta-feira, na garagem da empresa Cidade de Maceió. Na próxima quinta-feira, na Real Alagoas e finalizando a série de assembleias, na sexta-feira, na empresa Veleiro.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb), alega que informou aos rodoviários que as finanças das companhias estão em déficit. Por esta razão, não poderiam cumprir com as exigências da categoria.
Confira nota do Sinturb na íntegra.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb) esclarece que há meses vêm comunicando a categoria sobre a atual situação das empresas quanto aos prejuízos acumulados com a queda de passageiros e os efeitos da pandemia nos últimos meses.
Em 2020 as empresas perderam em média mais de 50% dos passageiros. Mas mesmo diante de tantos prejuízos, as empresas vêm fazendo esforços para honrar com todos os compromissos com os trabalhadores e está em dia com os pagamentos dos rodoviários, bem como benefícios como plano de saúde e ticket alimentação. Porém, a situação se agravou ainda mais com o fim do programa do Governo Federal que garantiu auxilio as empresas nos últimos meses.
Em todas as convenções coletivas realizadas até 2019, os rodoviários conseguiram ganhos reais acima da inflação.
O Sinturb enxerga a greve como ilegal em um período delicado para as empresas. Uma possível paralisação trará ainda mais prejuízos para o setor, dificultando o funcionamento do serviço e o fechamento de contas. Assim como, trará prejuízos para a população que depende diariamente do transporte público.
As empresas não concordam com a possível paralisação e irão tomar as medidas necessárias para que o transporte de Maceió não pare.
MPE pede relatório para redução no preço de passagem
Em meio à crise financeira que alega as empresas, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), determinou que o preço da passagem diminuísse em 30 centavos. O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) determinou que o poder executivo Municipal entregasse um relatório fundamentando a medida que resultou esse preço nas próximas 48 horas.