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Grupo de donos do Manchester City investindo no América-MG? Presidente explica como foi procura

Reprodução / O Popular

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De volta à elite nacional após o vice-campeonato da Série B do Campeonato Brasileiro em 2020, o América-MG segue firme no projeto de se transformar nos próximos anos em clube-empresa.

Um dos nomes à frente deste processo, Marcus Salum vive agora seus últimos dias no cargo de presidente do Coelho, mas segue animado com o planejamento realizado para o futuro, que depende do ‘reaquecimento da economia mundial’ para acontecer.

Mesmo conversando com interessados em investir no projeto do clube, o dirigente já sabe que um desses parceiros não será o City Football Group. A empresa, que conta com capital árabe, chinês e norte-americano, é a responsável pela gestão total do Manchester City na Inglaterra, mas também está à frente de equipes como New York City (EUA), Melbourne City (AUS), Girona (ESP), Guayaquil City (EQU), Montevideo City (URU) e mais recentemente o Bolivar (BOL).

Em entrevista ao portal Superesportes, Salum confirmou que a holding foi procurada, mas não avançou com uma proposta à diretoria do América-MG.

“O City Group foi procurado e declinou da proposta. Ele não fez proposta. Ele foi procurado. Todos os grandes clubes do mundo foram procurados, e o City Group não se interessou pelo América, não sei porquê”, disse o dirigente, debatendo rumores de que um avanço com os ingleses se deveu à negativa mineira de mudar identidade.

“Quando assino NDA (Non Disclosure Agreement: acordo de não-divulgação), já vão as minhas condições. O América não muda escudo, não muda nome, não muda estádio, não muda nada. Isso é condição pré-fixada. Eu chamo de ‘golden share’. Não muda. O América não precisa do clube-empresa. Ele vive sem o clube-empresa como viveu a vida toda”.

O projeto Clube-Empresa do América-MG foi apresentado aos conselheiros do clube em julho de 2020, prevendo que a instituição ‘continuará sendo uma associação privada sem fins lucrativos’, mas prevendo a criação de uma nova empresa, em parceria com o investidor, para administrar a gestão do futebol.

Em comunicado aos torcedores, a diretoria garantiu que ‘uma das premissas do projeto é manter todos as características centenárias e tradicionais do América, incluindo seu nome, escudo, cores, uniforme, hino e localização’.

Para Salum, este é um ponto que diferencia o modelo mineiro para o implantado no Bragantino, que passou a integrar a marca Red Bull ao nome.

“Nós não tivemos um grande negócio até hoje no Brasil de clube-empresa. O Bragantino não é um negócio de clube-empresa. É venda de ativos. Compraram o clube para pôr a marca”.

“Na nossa visão, o ‘América Futebol’ é que está em negociação. O ‘América Clube’ não está em negociação. Patrimônio do América, as coisas que o América tem, não estão em negociação. O nosso projeto é montar uma nova empresa, em sociedade com investidores, para tratar de futebol. Não é ceder a empresa. É trabalhar ao lado da empresa, com CEO, toda diretoria executiva contratada, e o América com assento no Conselho de Administração – junto com investidores e com um terceiro contratado de mercado. Um trabalho em conjunto”.

“Acho que, no mercado brasileiro, os investidores serão os mesmos investidores dos clubes da Europa. São os árabes, são os russos, são os ingleses – são os grupos milionários que investem nos clubes da Europa”.