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Matéria escura do Universo pode ser explicada por quinta dimensão, aponta estudo

NASA

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Um estudo publicado pela revista Journal European Physical relevou que físicos da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, elaboram uma revisão do Modelo Padrão, uma das mais bem sucedidas teorias do campo científico da física. A intenção é responder perguntas que a teoria deixou em aberto ao longo de décadas.

Criado em 1970, o Modelo Padrão é uma teoria que busca descrever de maneira universal as partículas fundamentais da física que constituem uma matéria e as forças eletromagnéticas, fortes e fracas.

Os pesquisadores da universidade alemã vão além do que se propõe o atual Modelo Padrão, sobretudo, em relação às hierarquias de partículas de massas ou à possibilidade da existência de matéria escura.

Segundo os físicos, uma matéria é um agregado de partículas que constituem uma massa. Já uma matéria escura, em tese, teria como característica a falta de interação com massas comuns do universo, interagindo de forma gravitacional no cosmo, o que ainda não foi possível ser testado.

Além disso, o elemento central do Modelo Padrão é uma dimensão extra no espaço-tempo, denominada de “quinta dimensão”. Até a publicação dos cientistas alemães, os físicos enfrentavam o problema de também não poder testá-la experimentalmente.

Os cientistas alemães agora prometem ter resolvido essas questões, fazendo com que, finalmente, seja possível testar a existência da quinta dimensão. Com isso, consequentemente, também se resolveria um dos grandes dilemas da física: a matéria escura.

O estudo tem como principal descoberta que a partícula proposta pelos pesquisadores mediaria necessariamente uma nova força entre as partículas elementares já experimentadas do nosso universo visível e a misteriosa matéria escura.

Isso oferece novas maneiras de pesquisar os constituintes da matéria escura – por meio da quinta dimensão -, além de obter pistas sobre a física em um estágio inicial na história do universo, quando a matéria escura surgiu.

“Depois de anos em busca de possíveis confirmações de nossas previsões teóricas, agora estamos confiantes que o mecanismo que descobrimos tornaria a matéria escura acessível para experimentos futuros”, comentou o professor Matthias Neubert, um dos autores do estudo, ao site da universidade.