Um diferencial do goleiro Rogério Ceni nos tempos de São Paulo chama a atenção dos jogadores que ele treinou até hoje. Isso porque o treinador gosta de ensinar aos comandados como bater na bola, algo que causa espanto até mesmo em quem admira e trabalhou recentemente com o comandante flamenguista.
“Às vezes ele quer ensinar o cara bater na bola, por exemplo. Um cara que já tem 30 anos batendo na bola de um jeito e pegar um treinador que quer ensinar a bater na bola de outro jeito. Pode ser que melhore, mas pode ser que não. A única crítica que eu tenho ao Rogério é essa”, disse Paulo Roberto, ex-volante do Fortaleza, ao programa “Lente Esportiva”.
De acordo com o jogador, Ceni costumava treinar os lances de bola parada junto com os comandados.
“Aquela questão da qualidade técnica ele ainda tem. Quando os jogadores treinavam batida de faltas, ele também ia lá. O número de acertos dele é muito alto. É o Rogerio Ceni, que batia falta e fez inúmeros quantos gols. E ensinar um jogador do jeito que ele bate é complicado. Essa é só uma das coisas”, contou.
Hoje, em busca do título brasileiro pelo Flamengo e com duelo decisivo contra o Corinthians, às 16h, no Maracanã, o treinador lida com o desafio de unir o estilo de trabalho ao elenco que comanda.
“O que pega um pouco, como posso dizer, não é nem a questão do extracampo, é entender um pouco mais que ele é o treinador. Precisa entender um pouco mais os jogadores que ele coordena. Como treinador é um dos melhores, o estilo de jogo e os treinamentos que ele usa me ajudaram muito como jogador. Mas acho que ele precisa entender que agora é o treinador”, disse o jogador.
O jogador, que defenderá o Santo André no Paulistão, também fez elogios ao comandante do Flamengo.
“Eu não tenho nada de negativo a falar dele. Só tenho que agradecê-lo porque abriu as portas do Fortaleza para mim, fiz um ótimo primeiro semestre em 2019, mas infelizmente tive uma fratura e perdi o resto da temporada”.
Revelado no Juventus, Paulo Roberto passou por Audax, Athletico-PR, Ponte Preta e Sport até chegar ao Corinthians, em 2017. Na equipe comandada por Fábio Carille, ele foi uma espécie de curinga, jogando volante ou até lateral-direito na conquista do Brasileirão de 2017 e do bicampeonato paulista.
“Foi muito bacana. A gente olha o Corinthians de fora e não imagina como é lá dentro. Foi o clube que passei que me deu notoriedade nacional e passei a ser conhecido. Fiz grandes amigos e ganhamos vários títulos. Dizem que a Fiel é complicada, mas vejo com outros olhos. É uma torcida que carrega a o time no colo. Só tenho boas recordações”, afirmou.
A equipe de Rogério Ceni é a vice-líder do Brasileiro, com 65 pontos, um a menos do que o líder Internacional.