Coronavírus

Mais de 42% dos casos de Covid-19 em AL são de variantes mais preocupantes, diz Fiocruz

O Observatório FioCruz publicou um comunicado técnico, nessa quinta-feira (4), alertando para a dispersão geográfica de variantes da Covid-19 em vários estados do Brasil, incluindo em Alagoas.

Segundo os dados, cerca de 42,6% dos casos de infecção testados na pesquisa em Alagoas já são de variantes do vírus Sars-CoV-2.

Apesar da porcentagem alta, Alagoas e Minas Gerais foram os únicos estados envolvidos na pesquisa que não apresentaram número acima de 50% dos casos da doença associados às chamadas ‘variantes de preocupação’. Nos demais locais analisados no estudo, a mutação associada às ‘variantes de preocupação’ esteve presente em mais de metade das amostras.

Além de Alagoas, os testes também foram realizados nos estados do Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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De acordo com o observatório, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus têm favorecido o surgimento de ‘variantes de preocupação’ no Brasil, sobretudo nas regiões do Sul, Sudeste e Nordeste do país. O comunicado alerta para um cenário preocupante e chama atenção para o perfil potencialmente mais transmissível dessas variantes, que pode intensificar a circulação do vírus.

O protocolo detecta a mutação comum em três das ‘variantes de preocupação’ (P1, identificada inicialmente no Amazonas, B.1.1.7, no Reino Unido e B.1.351, na África do Sul), que são potencialmente mais transmissíveis. A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Diante dos fatos, o observatório reforçou as diretrizes apontadas pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), bem como a necessidade de aceleração da disponibilização de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), visando contribuir para a redução de casos e a probabilidade de aparecimento de novas variantes.

Monitoramento das ‘variantes de preocupação’

Segundo o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da FioCruz, Marco Krieger, a vigilância genômica e o monitoramento dessas variantes será fundamental para o enfrentamento da pandemia. “O novo protocolo de RT-PCR oferece um retrato rápido da circulação das variantes para tomada de decisão no enfrentamento à pandemia”, destaca Krieger.

Até o momento, não têm sido observada uma clara associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave, mas estudos adicionais estão em andamento para esclarecer aspectos relacionados com o sequenciamento genético dessas variantes, bem com sua transmissibilidade e o real impacto dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19.

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