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Caso George Floyd tem julgamento adiado nos EUA após pedido da acusação

Juiz responsável pelo caso pretende retomar julgamento na terça-feira. A promotoria aguarda uma outra corte decidir se Derek Chauvin pode ser julgado por um crime mais grave, o de homicídio em terceiro grau.

Policial foi filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd — Foto: AFP/Facebook / Darnella Frazier

O juiz que preside a audiência contra o Derek Chauvin, o policial acusado nos Estados Unidos pela morte de George Floyd, adiou o início do processo, que deveria começar nesta segunda-feira (8) com a seleção do júri.

A morte de Floyd foi o motivo de uma onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo.

O ex-policial é acusado do assassinato de George Floyd, afro-americano que morreu sob custódia da polícia há nove meses. Chauvin foi expulso da polícia depois de ser filmando pressionando o pescoço de Floyd durante quase nove minutos. Durante esse tempo, Floyd, que estava algemado, dizia que não conseguia respirar.

O magistrado Peter Cahill atrasou o início do julgamento ao menos até terça-feira porque a acusação pediu: um outro tribunal examina se é possível acusar Chauvin de assassinato em terceiro grau, e os promotores querem aguardar essa decisão antes de começar a seleção do júri.

Caso Chauvin responda a um homicídio de maior grau (o que acontece de acordo com a vontade de matar, premeditação e outras características do crime), a pena máxima dele pode ser maior.

Chauvin é acusado de assassinato em segundo grau e homicídio culposo pela morte de Floyd em 25 de maio de 2020.

O afro-americano morreu sufocado depois que Chauvin o imobilizou, apertando o joelho sobre o pescoço da vítima por quase nove minutos.

“Os jurados em potencial estão aqui, mas vamos ser realistas, isso não vai começar antes de amanhã”, disse o magistrado.

“Então, salvo objeção de uma das partes, vou liberar os jurados e começar tudo amanhã com a seleção”, acrescentou.