A taxa média de desocupação em Alagoas no ano de 2020 foi de 18,6%, a maior já observada para o estado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa um aumento de 3,7 pontos percentuais na comparação com a taxa média de desemprego de Alagoas em 2019 (14,9%). Na outra ponta, a menor taxa foi observada em 2014 (9,6%).
Alagoas encerrou o 4º trimestre de 2020 com uma taxa de desocupação de 20%, patamar sem variação estatística significativa em relação ao trimestre anterior. Isso quer dizer que uma a cada cinco pessoas no estado com idade para trabalhar estava sem ocupação. Já na comparação com o mesmo período de 2019 (outubro, novembro e dezembro), o aumento foi de 6,4 p.p (a taxa era de 13,6%).
Em números absolutos, a população desocupada em Alagoas no 4º trimestre de 2020 era estimada em 252 mil pessoas, 29 mil a mais que no trimestre anterior e 92 mil (57,9%) a mais em relação ao mesmo período do ano anterior.
Trabalhadores domésticos com carteira assinada representam a maior variação negativa na ocupação
Quando se compara o 4º trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019, observa-se que os três setores com maior variação negativa na ocupação foram os dos trabalhadores domésticos com carteira assinada (-23,8%, passando de 16 mil para 12 mil pessoas), trabalhadores por conta própria sem CNPJ (-14,4%, de 238 mil para 204 mil) e dos empregadores com CNPJ (-14,1%, de 25 mil para 21 mil). Por outro lado, as maiores variações positivas ocorreram entre os trabalhadores familiares auxiliares (54,9%, de 18 mil para 27 mil), empregadores sem CNPJ (54%, de 6 para 10 mil) e setor público com carteira assinada (29,5%, de 11 mil para 14 mil).
20 estados têm taxa média de desemprego recorde em 2020
A taxa média de desocupação em 2020 foi recorde em 20 estados do país, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país.
Em 2020, as maiores taxas de desocupação ficaram com Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).