Mc Maylon, que vei a público acusar o cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo, de estupro, vai realizar o grande sonho de se casar. Com ele mesmo. Sim, o cantor decidiu se vestir de noiva e fazer uma festinha para celebrar a data e dizer o “sim” a si mesmo. O evento está marcado para o fim da tarde desta quarta-feira num salão de festas do Rio.
“Eu tinha um sonho de me casar virgem com vestido de noiva. Sendo que o Anderson tirou minha virgindade à força, me estuprando. Mesmo assim, nesta quarta-feira vou me vestir com vestido de noiva e fazer uma festinha pra mim. Quero quebrar esse tabu. Vou chorar tanto, porque uma parte do meu sonho o Anderson do Molejo acabou, né? Mas a outra parte, de eu me vestir de noiva, não vou deixar ele acabar”, explica Maylon.
Maycon registrou o caso na 33a DP (Realengo) no dia 3 de fevereiro. Ele diz ter passado a frequentar os shows de Anderson em setembro do ano passado e relata ter sido violentado sexualmente num quarto de um hotel na Estrada do Catonho, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. Em depoimento, ele contou que saiu de casa, próximo à meia-noite, para encontrar o vocalista a fim de conversar sobre sua carreira artística em um clube na Taquara, na mesma região. Em seguida, o músico o teria levado ao estabelecimento.
No local, Maylon afirma ter sido empurrado na cama por Anderson, que ordenou que ele sentasse. O pagodeiro então teria tirado a roupa e dado dois tapas em seu rosto, forçando-o a ter relação sexual. O cantor disse ainda que foi agredido, xingado, e, ao acordar, deixado em uma rua próxima dali.
No dia 9, Anderson Leonardo alegou que a relação sexual entre ele e o cantor aconteceu de “maneira consensual”. Em depoimento, o vocalista do Molejo reiterou que não agrediu Maycon tampouco o forçou a fazer sexo com ele. Ele afirmou que, depois da ida ao hotel, o jovem continuou a frequentar seus shows.
Também prestaram depoimento a mãe de Maylon, que reforçou o que o filho declarou na delegacia, e a irmã de Anderson, que disse desconhecer o suposto estupro. Foram ouvidos também quatro funcionários do hotel onde os dois estiveram. Eles garantiram não terem visto ou ouvido “nenhuma anormalidade” no apartamento 104 entre 1h34m e 3h32m de 11 de dezembro do ano passado.