“Vamos antecipar os dois feriados municipais que temos esse ano e os três municipais que temos em 2022 para que a gente possa reduzir a circulação de pessoas. Esses cinco feriados serão antecipados para os dias 26, 29, 30, 31 e dia 1°, juntando, inclusive, com o feriado nacional, que nós temos na sexta-feira (2)”, afirmou Covas.
“Portanto, nós teremos um prazo que vai de 26, sexta-feira, até dia 4 de abril, domingo, sem dia útil, para poder exatamente forçar a cidade a parar”, completou o prefeito.
Não é a primeira vez que a gestão de Covas decide antecipar feriados como estratégia para frear a contaminação pelo coronavírus. Em maio de 2020, a prefeitura antecipou os feriados de Corpus Christi e o da Consciência Negra.
“O município vai repetir uma medida que deu certo no ano passado que é a antecipação dos feriados municipais. Nós vamos antecipar os dois feriados municipais que nós temos neste ano e antecipar os três feriados municipais que nós temos em 2022 para que a gente possa reduzir a circulação de pessoas”, afirmou o prefeito.
Nesta quinta (18), Covas defendeu que a antecipação no ano passado trouxe uma “uma melhora nos índices de circulação” e citou “bons índices de 60% [de isolamento social]”.
Entretanto, a taxa não chegou a 60% em nenhum dos dias de feriado antecipado em 2020.
Na época, os índices ficaram entre 49% e 52% nos dias de semana e chegou à máxima de 57% apenas em um domingo, número 1 ponto percentual acima do valor identificado no domingo em que não houve feriado prolongado.
Lockdown
Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o prefeito afirmou que a capital paulista não tem efetivo de segurança para implementar medidas restritivas mais rígidas.
“No município é inviável decretar lockdown. A gente tem 1.000 guardas da GCM (Guarda Civil Metropolitana). É inviável fiscalizar se as pessoas estão saindo de casa com mil guardas”, afirmou.
Morte por falta de atendimento
Nesta quinta-feira (18), o prefeito confirmou a primeira morte de um paciente com Covid-19 por falta de leito de UTI.
A vítima é um jovem de 22 anos, que morreu no dia 13 de março, dois dias após ser internado na UPA de São Matheus, na Zona Leste da capital.
No estado, ao menos 79 pessoas com Covid-19 ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI.
A explosão de casos atinge também a rede privada da capital. Nesta semana, hospitais particulares pediram 30 leitos do SUS à Secretária Municipal da Saúde.