Segundo PMDF, cinco homens foram detidos acusados de infringir Lei de Segurança Nacional ao divulgar cruz suástica associando símbolo ao presidente da República. Eles foram encaminhados para Delegacia da Polícia Federal.
Na manhã desta quinta-feira (18), cinco homens foram presos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enquanto estendiam uma faixa de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a PM, o grupo foi detido sob a acusação de infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao presidente da República. A faixa ainda chamava o presidente de genocida.
O grupo foi levado para a Delegacia da Polícia Federal. O G1 não conseguiu contato com a defesa dos cinco homens. A Polícia Federal também não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
Lei de Segurança Nacional
A Lei de Segurança Nacional nº 7.170 define condutas que atentem contra a segurança do país, ordem política e social. A norma foi publicada em 14 de dezembro de 1983, durante o regime militar.
O decreto prevê crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
Na última segunda-feira (15), o youtuber Felipe Neto foi intimado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, por um suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Segundo o influenciador digital, a convocação veio depois que ele, em uma rede social, chamou o presidente Jair Bolsonaro de “genocida”, no contexto de gestão federal da pandemia de Covid-19.
O youtuber Felipe Neto é esperado para depor nesta quinta-feira, na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro.
Pandemia de Covid-19
Na última terça-feira (16), o Brasil registrou novo recorde com 2.798 mortes pela Covid-19, em 24 horas. Na noite de quarta-feira (17), o total de óbitos, desde o início da pandemia, chegou a 285.136.
Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2.031, ficando pela primeira vez acima da marca de 2 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +49%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.