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Praças, supermercados e padarias ficam fechados neste domingo, em BH, para conter avanço de casos de Covid-19

O plano de restrição é mais uma medida para conter o avanço do novo coronavírus na capital.

Reprodução/TV Globo

Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, terá restrição de circulação de pessoas nos próximos dias, segundo a prefeitura

Começa neste domingo (28) a proibição da abertura de supermercados, padarias, lanchonetes e açougues em Belo Horizonte. A medida é para contar a explosão de casos de Covid-19 na capital. A informação foi confirmada pela prefeitura na terça-feira (23).

Estes serviços poderão operar por delivery ou drive-thru – neste caso, a regra só é válida para aqueles que possuem estacionamento internalizado.

Somente serviços da área da saúde e postos de combustíveis poderão funcionar, além das atividades industriais. Inicialmente, a prefeitura tinha informado que o funcionamento da indústria seria proibido aos domingos, mas o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), publicou nas redes sociais na última sexta-feira (26) que o setor está, sim, autorizado.

Em nota, a prefeitura de BH disse que está agindo em todas as regiões da capital, com guardas municipais e fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental, para coibir aglomerações e o funcionamento indevido de estabelecimentos comerciais.

Fechamento de praças

As praças do Papa, da Liberdade, da Assembleia e JK, além da Lagoa Seca e dos mirantes Garças e Sabiá, já estão fechados e há previsão de cercamento de outros locais.

Ao longo deste final de semana, as praças Duque de Caxias, no Santa Tereza, Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, Arquiteto Ney Werneck, no Belvedere, estão sendo interditadas. A Praça Sete, no Centro, receberá gradis na noite deste domingo.

Segundo o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, todos os quarteirões fechados para veículos da Praça Sete serão isolados para impedir a circulação de pessoas: entre as ruas Rua Rio de Janeiro e Tamoios; Rio de Janeiro e Tupinambás; Carijós e São Paulo e Carijós e Espírito Santo.

“O objetivo é tentar diminuir a taxa de transmissão do coronavírus. Temos identificado ali ao longo da semana um grande número de pessoas aglomeradas jogando cartas, damas. Vamos interditar e fazer com que as pessoas saiam dali, além de fazer uma desinfecção nestes quarteirões”, disse Zeferino.

Quem precisar passar pelos trechos interditados terá que comprovar o vínculo com eventuais escritórios ou mesmo casas existentes nestes locais.

Na orla da Pampulha, novos espaços também passam a ter acesso proibido: Marco Zero, mirantes Bem-te-vi e Biguá, Vertedouro, entrada do Museu e praças Olavo Kafunga Bastos, Geralda Damata Pimentel e São Francisco de Assis.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte reforçou que “está suspensa, por prazo indeterminado, a utilização de praças, pistas de caminhada ou de corrida e outros locais públicos para a prática de atividades de esporte e lazer coletivas ou individuais com potencial de aglomeração de pessoas, estejam tais áreas cercadas por gradis ou não”.

Guardas municipais têm realizado rondas preventivas periódicas pelas ruas e praças da cidade, observando também o uso de máscaras pela população.

Veja o que não pode funcionar

  • Padaria
  • Comércio varejista de laticínios e frios
  • Açougue e Peixaria
  • Hortifrutigranjeiros
  • Minimercados, mercearias e armazéns
  • Supermercados e hipermercados
  • Tintas, solventes e materiais para pintura
  • Material elétrico e hidráulico, vidros e ferragem
  • Madeireira
  • Material de construção em geral
  • Comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP)
  • Comércio atacadista da cadeia de atividades do comércio varejista da fase de controle
  • Agências bancárias: instituições de crédito, seguro, capitalização, comércio e administração de valores imobiliários
  • Casas lotéricas
  • Agência de correio e telégrafo
  • Atividades industriais
  • Banca de jornais e revistas

Veja o que pode funcionar:

  • Comércio varejista e atacadistas de artigos farmacêuticos
  • artigos farmacêuticos, com manipulação de fórmula
  • artigos de ótica
  • artigos médicos e ortopédicos
  • combustíveis para veículos automotores
  • comércio de medicamentos veterinários
  • Serviços de alimentação, apenas para entrega em domicílio
  • Restaurantes, lanchonetes e bares de hotéis, pousadas e similares; somente para hóspedes
Lojas fechadas, comércio fechado, BH, Belo Horizonte, fiscalização, interdição, flexibilização — Foto: Carlayle André / TV Globo