Ao todo, Irineu e Jucicleide moram com 12 filhos. Os três mais velhos já casaram e não moram mais com a família.
“Nós estamos nos mantendo isolados na área mesmo, não sai ninguém daqui. No total são 14 ‘bocas’, porque três casaram e não moram mais aqui. Tenho duas netas e um neto”.
Eles também contam com a ajuda do casal de amigos, Rubinho e a esposa Maiara, além de açougueiros da região.
“Rubinho ajuda a gente bastante, se não fosse ele, o que seria da gente? A gente também agradece a todos os açougueiros que estão doando ossos para a gente vender e fazer nossa feira”.
Sem auxílio emergencial
Chitão e os filhos curtindo o São João – Foto de 2020 — Foto: Arquivo Pessoal
Ao G1, Irineu revelou que não recebeu nenhuma parcela do auxílio emergencial durante a pandemia. Ele não sabe dizer o motivo de não ter sido beneficiado.
“Nós não recebemos nenhum auxílio que o governo deu. Complicou o barco e nós estamos pedindo força e coragem a Deus para manter a batalha nessa linha”.
“O auxílio mesmo, eu não sei porque, a gente correu atrás, procuramos até um advogado e não sei porque a gente tem 15 filhos e não teve o auxílio. É brincadeira um negócio desses? Eu achei um absurdo, não sei que castigo foi esse que deram na gente”, lamentou.
O baiano afirma que a família recebeu cestas básicas no início da pandemia, benefício conseguido porque os filhos estudavam.
“Nós não recebemos nada. Só umas cestas básicas que chegaram do colégio, porque os meninos tiveram as aulas canceladas”.
“Graças a Deus está tudo em ordem, é chamar por Deus agora, que ele dê vida e saúde para eu trabalhar, estar na luta para criar eles. Peço muita força e coragem para eu manter o trabalho e que nunca falte o pão de cada dia”, concluiu.