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Após indiciamento de delegado-geral da PC, juiz diz entender ‘má vontade na apuração’

Reprodução/Acta

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O juiz aposentado Marcelo Tadeu concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta (9) após ter sido divulgado, ontem, o indiciamento do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira por envolvimento no crime. O inquérito foi conduzido pela Polícia Federal em Alagoas.

Tadeu acusou Cerqueira de maquiar o inquérito sobre o caso e questionou a postura de várias entidades sobre o episódio, como Ministério Público, Almagis, Polícia Civil e até a 17ª Vara Criminal da Capital, especializada no combate a organizações criminosas. “Cheguei a pensar que estava esquizofrênico, mas se ele (Paulo Cerqueira) está no contexto do crime, como ele seria eluciado?”, questionou.

O juiz aposentado disse agora entender o que ele classificou como ‘má vontade’ de Cerqueira na apuração do crime e incitou o delegado a dizer qual o seu real envolvimento no caso e/ou a serviço de quem estava. “A década desse crime não revelado tem a ver com a conduta dele na época”.

Marcelo Tadeu afirma que sofreu bulling institucional e que a investigação só avançou após ele descobrir que um dos suspeitos possuía fórum privilegiado, o que forçou a entrada na Polícia Federal nas investigações após depoimento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Questionado sobre o que poderia ter motivado a trama do seu assassinado, ele lembrou sua trajetória em grandes crimes como a Gangue Fardada, Caso Silvio Vianna, contra o setor sucoalcooleiro, além de ações na justiça eleitoral com a suspensão de milhares de títulos eleitorais e a cassação do prefeito de Porto Real do Colégio.

“Não tenho medo, nunca tive e vou continuar sem medo. Quem tem que temer é quem age incorreto”, afirmou. O juiz encerrou afirmando que não tem nada contra Paulo Cerqueira, que só o conheceu quando da época da investigação e embora tenha afirmado ter suspeitos sobre o plano contra a sua vida, disse que não iria divulgar os nomes.

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