Ministro da Saúde admite dificuldade no fornecimento de vacinas para AL e mais cinco estados
26/04/2021 13:55
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Da Redação com G1/DF
Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista coletiva após reunião do Comitê Nacional de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19.
Após alguns estados deixarem de aplicar, no fim de semana, a segunda dose da Coronavac, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu, nesta segunda-feira, 26, que há dificuldade no fornecimento do imunizante em Alagoas e outros cinco estados.
A declaração se deu, nesta manhã, durante a sessão de comissão do Senado, que discute medidas de combate ao novo coronavírus.
Nas últimas semanas, municípios de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e Paraíba, suspenderam ou limitaram a vacinação devido a falta das doses que deveriam ser destinadas a segunda aplicação.
“Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem e agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose”, disse Queiroga no Senado.
Há pelo menos um mês, o Ministério da Saúde autorizou que todo estoque das vacinas armazenadas pelos estados e municípios para a aplicação da segunda dose fosse utilizado imediatamente como primeira dose.
Ainda durante a comissão do Senado, Queiroga afirmou que o Ministério da Saúde irá emitir uma nota técnica sobre a questão.
Até ontem (25), 390.925 pessoas morreram no Brasil por conta da Covid-19. Sobre o assunto, o ministro disse que o número de mortes mostra a ‘gravidade’ da doença. “O número de óbitos no ano de 2021 hoje supera o número de óbitos que ocorreu no ano de 2020 inteiro, mostrando a gravidade dessa doença e a necessidade de adoção de medidas que sejam eficazes para vencermos essa situação grave na saúde pública nacional”, declarou Queiroga no Senado.
Alagoas
No fim de semana, a falta de vacina em alguns municípios alagoano gerou insatisfação da população e até confusão em alguns pontos de vacinação.
Por meio de nota, as prefeituras e o Governo de Alagoas informaram que houve comprometimento na aplicação uma vez que não há imunizante suficiente para a aplicação da segunda dose.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) chegou a afirmar, por meio de nota, que a secretaria e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL) decidiram, conjuntamente, estender o prazo para aplicação da segunda dose da CoronaVac, informado no momento da vacinação, que era de 21 dias para 28 dias. O novo prazo é permitido pelo fabricante por meio da bula.
Vacina vencida
Uma matéria, divulgada pelo portal Metrópoles, informa que dados da Saúde apontam que 23 estados brasileiros aplicaram vacinas contra a Covid-19 vencidas na população. Entre as cidades citadas estão seis municípios alagoanos. São eles: Arapiraca, com sete pessoas, Flexeiras, com uma, Delmiro Gouveia, com duas, Paripueira, com duas, Viçosa, com uma e Maceió, com duas.
Sobre o caso, a Sesau informou que não recebeu lotes do imunizante fora da validade e reiterou que adota controle rigoroso em relação à validade das vacinas recebidas.
Veja nota:
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) recebeu no início de março uma remessa do Ministério da Saúde com 28.800 doses de vacinas contra a Covid-19. Diante do curto prazo de validade de dois dos lotes da vacina AstraZeneca/Fiocruz (14/04/2021 e 29/03/2021), a Sesau orientou os municípios alagoanos que, após terem imunizado todos os idosos do grupo alvo daquele período, utilizassem todos frascos da vacina em idosos com idade sequencialmente menores. A secretaria não recebeu do Ministério da Saúde lotes de imunizantes fora da validade e reitera adota um controle rigoroso em relação à validade dos imunizantes recebidos.
Medidas de prevenção
Aos senadores Marcelo Queiroga afirmou que ações como a campanha de vacinação representam “esperança de uma solução mais eficaz” para o enfrentamento da pandemia.
O ministro da Saúde, então, voltou a defender algumas medidas recomendadas por especialistas como forma de prevenção.
“Claro que não é só a vacinação. Eu tenho, desde o primeiro dia que assumi o cargo, reiterado a importância das chamadas medidas ‘não farmacológicas’, como o uso de máscaras, o distanciamento social”, declarou.