Conforme Beatriz, Bruno começou a apresentar os sintomas da doença no dia 27 de março e buscou atendimento na UPA da cidade no dia 30, com falta de ar e dores no corpo. No dia seguinte, o publicitário foi transferido para o Hospital Regional de Assis com 50% do pulmão comprometido pelo coronavírus.
O noivo ficou internado por 10 dias, mas o quadro começou a se agravar e ele precisou ser transferido para a UTI, onde morreu no último dia 17. Segundo Bruna, o casal tinha um relacionamento de 11 anos, que começou ainda na adolescência. Eles também tinham dois filhos: Nicolas, de sete anos, e Miguel, de quatro anos.
“A festa estava toda pronta, vestido já tinha mandado fazer, festa paga, buffet, estávamos planejando havia um ano. Alguns dias antes, cerca de 15 dias, chegamos em um acordo e decidimos adiar. Mas, como eu comecei a ter sintomas e tudo, aí a gente tirou o foco de conseguir uma nova data”, explicou Beatriz ao G1.
Ainda conforme a família, mesmo internado, Bruno continuou mostrando o desejo de oficializar a união. Em conversas pelo celular, antes de ir para UTI o noivo falava que queria muito se casar. Após sua morte, uma enfermeira contou que ele não deixou que tirassem a sua aliança no hospital.
Após a morte do companheiro, Beatriz diz que precisou buscar ajuda psicológica e que demorou alguns dias para conseguir contar aos filhos sobre a morte do pai. Além de Bruno, a família já havia perdido em fevereiro a avó, que também morreu por conta da Covid-19.