Autorização para investigar os dispositivos foi obtida pela Justiça na quarta-feira (5). Polícia ainda tenta entender o que motivou o ataque.
A Polícia Civil já começou a analisar os dois computadores e um pen drive encontrados na casa do homem apontado como autor do ataque a creche em Saudades no Oeste de Santa Catarina. Segundo o delegado Jerônimo Ferreira, a autorização para investigar os dispositivos foi obtida pela Justiça na quarta-feira (5). A polícia tenta entender o que motivou o ataque.
Estão sendo investigados e-mails, mensagens trocadas e outras interações que o jovem possa ter feito em redes sociais e fóruns.
O homem de 18 anos entrou na escola infantil na manhã de terça-feira (4) matou três crianças com menos de 2 anos e duas funcionárias. Um bebê foi socorrido e se recupera no hospital.
Na quarta, o delegado confirmou também o indiciamento do homem por cinco homicídios triplamente qualificados, além de uma tentativa de homicídio contra a criança ferida. As qualificadoras dos crimes são: motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e a utilização de meio cruel.
Na quarta a Justiça também negou o pedido de exame de sanidade mental do autor. O motivo da negativa foi o atual estado de saúde do agressor. Após ferir as vítimas, ele golpeou o próprio corpo e foi internado no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó. Segundo boletim médico nesta quinta-feira (6), ele está sedado e se recupera de uma cirurgia.
Após manifestação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça catarinense decretou a conversão da prisão flagrante em preventiva, que foi decretada pela Justiça.
Investigação
Na casa do homem, os agentes encontraram também R$ 11 mil em espécie e duas embalagens de facas novas. O dinheiro era proveniente de salários que o assassino guardava. Ele trabalha em uma empresa de produção de roupas.
Ninguém da família do homem de 18 anos suspeitava que ele planejava crime, segundo a polícia. Autor não tinha passagem policia e era descrito como quieto pela comunidade.
“Pais e irmã disseram que ele era mais quietão, não saía com ninguém, não tinha celular. Tinha se afastado dos poucos amigos”, relatou o delegado.
Uma arma apreendida no local do crime também passa por perícia no Instituto Geral de Perícias (IGP).
Veja quem são as vítimas do atentado
O que se sabe até agora: