Thiago Freitas de Souza, de 32 anos, foi morto por traficantes da Favela do Santo Cristo após pedir que os bandidos fizessem menos barulho, uma vez que a filha, de apenas cinco anos, não conseguia dormir.
O corpo do fotógrafo Thiago Freitas de Souza, de 32 anos, será sepultado às 14h desta segunda-feira no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
Ele foi morto na manhã de sábado (15) por bandidos da Favela Santo Cristo, Zona Norte da Cidade. Thiago foi à rua reclamar com traficantes de drogas que o barulho feito por eles não deixava a filha dele, de apenas cinco anos, dormir.
Segundo informações iniciais, a situação teria começado antes das 6h35, horário em que policiais militares foram ao Hospital Estadual Azevedo Lima, também em Niterói, atender a uma ocorrência de uma pessoa baleada.
No hospital, os policiais conversaram com a esposa da vítima, que contou ter saído de casa para pedir a traficantes da favela que diminuíssem o barulho que faziam porque a filha do casal estava acordando toda hora.
Depois, segundo o relato, o marido foi reforçar o pedido aos criminosos. Foi quando a mulher contou ter ouvido um disparo e encontrou Thiago caído no quintal de casa. Levado ao Hospital Azevedo Lima, o fotógrafo foi operado, mas não resistiu aos ferimentos. A morte dele foi declarada às 7h55.
Moradores do Santo Cristo relatam que, há semanas, o local é cenário de uma guerra entre traficantes que disputam a venda de entorpecentes.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o assassinato de Thiago.