Política

Alexandre Frota diz que está sendo ameaçado de morte por organizadores de festas clandestinas e registra ocorrência

Deputado acompanha ações da polícia em baladas proibidas em São Paulo durante a pandemia e diz estar sendo ameaçado por promotores de eventos. MP e Polícia Civil investigam o caso.

O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) durante sessão do plenário virtual da Câmara — Foto: Najara Araújo / Câmara dos Deputados

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB), que acompanha as ações de uma força-tarefa do governo de São Paulo no combate a festas clandestinas durante a pandemia do coronavírus, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil nesta segunda-feira (31) por ameaça.

Ele afirma estar recebendo ameaças de morte de pessoas, como organizadores de festas e proprietários de casas noturnas, contrários às ações que a Polícia Civil, Procon, Vigilância Sanitária e outras entidades fazem para fechar baladas, proibidas de ocorrer durante a pandemia do coronavírus.

Segundo o delegado Roberto Monteiro, foi registrado um boletim de ocorrência de ameaça na 1ª Seccional da Polícia Civil, localizada na região central da capital paulista.

O deputado informou ao delegado ter conhecimento de um grupo de Whatsapp que realiza uma vaquinha para conseguir dinheiro e contratar um matador de aluguel. Pelo menos 12 pessoas integrariam o grupo de mensagens pela internet para discutir o plano.

Além do deputado, três supostos integrantes desse grupo também iriam prestar depoimento sobre o caso na delegacia na noite desta segunda-feira.

Frota também apresentou a denúncia nesta segunda-feira ao Ministério Público de São Paulo relatando as ameaças de morte que vem recebendo. Para ele, os autores dessas ameaças são “os promotores de festas clandestinas em São Paulo e região”.

A troca de mensagens no grupo de WhatsApp também foi relatada ao MP e teria começado na madrugada de quinta-feira (27) para sexta-feira (28). O deputado pediu ao MP que os organizadores destas festas clandestinas sejam investigados por ameaça e organização criminosa.

O Ministério Público confirmou que acompanha a investigação.

A última ação contra festas clandestinas acompanhada por Frota ocorreu na madrugada de sábado (29) para domingo (30), em uma casa noturna na região nobre da Faria Lima, nos Jardins, Zona Sul da capital, foi multada após a realização de um evento com mais de 600 pessoas, sendo a maioria sem máscaras de proteção.

O Plano São Paulo de flexibilização não autoriza o funcionamento de casas noturnas.

Por lei, a pessoa que for vista sem máscara em espaços públicos e particulares de uso comum deve ser multada em R$ 524. Já os estabelecimentos comercias pagam R$ 5.025 para cada pessoa que estiver no local sem a proteção. Há ainda a previsão de uma multa de R$ 1.380,50 se o estabelecimento não afixar placas que informam sobre a obrigatoriedade da máscara.