Há 13 anos, Lindemberg cumpre pena na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP). O pedido foi feito pela defesa do réu em setembro de 2020, que levou em consideração o tempo de pena cumprido e remição.
Com trabalha na unidade penitenciária, ele teve 313 dias de pena perdoados. No semiaberto os detentos têm direito a cinco saídas temporárias no ano, entre elas Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal.
Para a decisão, a juíza argumentou que o preso “obteve resultado positivo no exame criminológico realizado, pela unanimidade dos avaliadores participantes, que o consideraram apto à usufruir do regime intermediário”.
A decisão é do dia 11 de maio e o comunicado de transferência de regime foi enviado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) nesta terça-feira (8).
O relatório de avaliação psicológica considerou que Lindemberg tem “agressividade e impulsividade dentro dos padrões normais” e que “arrepende-se profundamente, lamenta perda irreversível à família da vítima”.
Relembre o caso
No dia 13 de outubro de 2008, a jovem Eloá Pimentel, na época com 15 anos, e mais três amigos de escola -Nayara, Iago e Victor Campos – foram feitos de reféns no apartamento em que a garota morava com os pais, Ana Cristina Pimentel e Everaldo Pereira dos Santos, ex-cabo da PM de Alagoas.
No imóvel, localizado em Santo André (SP), o sequestrador e ex-namorado de Eloá, Lindemberg Alves, rendeu as vítimas por não aceitar o fim do relacionamento. Os dois rapazes foram os primeiros a serem libertados. A amiga Nayara chegou a ser solta no dia seguinte, mas retornou ao cativeiro dois dias depois a pedido da Polícia Militar paulista com o intuito de tentar resgatar Eloá.
Eloá ficou em cárcere privado por mais de cem horas. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu uma bomba e invadiu o local no dia 17 de outubro de 2008, após escutar o que seria um tiro. Na verdade, era o barulho de uma mesa. Antes da entrada da PM, o sequestrador ainda conseguiu balear Nayara, que sobreviveu, e deu dois tiros em Eloá, que morreu.
Lindemberg foi condenado a mais de 90 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada, e por mais 11 crimes cometidos durante o sequestro. Ele confessou ter atirado nas reféns, mas alegou que disparou após se assustar com a explosão da bomba pelo Gate. Posteriormente, a Justiça reduziu sua pena para 39 anos.
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