Fernanda Torres
Fernanda Torres, de 55 anos, foi vacinada contra a Covid-19 nesta segunda-feira (14). A atriz tomou a primeira dose da AstraZeneca após no final de semana ter dito que iria consultar seu médico sobre qual das vacinas disponíveis para a população deveria tomar já que tem histórico de trombose na família. Fernanda foi vista em um posto de vacinação do Rio procurando o medicamento da Pfizer, o que ela confirmou ao postar no Instagram o momento em que era vacinada. A atriz explicou que ao fato se tornar público, contribuiu para o negacionismo e desconfiança infundada em torno do remédio da AstraZeneca, com o qual, inclusive, sua mãe, Fernanda Montenegro, foi vacinada.
“Eu tive Covid em dezembro, uma doença insidiosa, que começa quando o quadro viral termina. 14 dias depois da infecção, tive uma alta súbita do D-Dímero, tomei anti-coagulante, o marcador baixou, mas até hoje não retornou ao nível normal. Tenho casos de trombose na família e mesmo sabendo do risco ínfimo, mais do que ínfimo, da vacina da Astrazeneca, procurei pela Pfizer nos postos, cuja chegada ao Brasil havia sido anunciada nos jornais dois dias antes da minha data de vacinação”, contou.
“Fui como qualquer cidadão, não tive informação privilegiada e não pedi que alguém se informasse no meu lugar, porque achei que aquele era um ato que cabia a mim. Também não furei fila e não forjei atestados. O fato tornou-se público e contribuiu para alimentar o negacionismo, criando uma desconfiança infundada em torno da Astrazeneca, uma vacina extremamente eficaz e segura”, disse a atriz.
Ela lembrou que sua mãe, Fernanda Montenegro, também tomou a AstraZeneca. “Minha mãe tomou a segunda dose da Astrazeneca há um mês, meu irmão tomou Astrazeneca, bem como o meu enteado transplantado. Hoje, em respeito à Fiocruz, com toda a segurança, tomei a primeira dose da vacina Astrazeneca”, contou Fernanda. “Esperei muito por essa hora e estou feliz e aliviada de ela ter chegado. Continuarei usando máscara e mantenho o distanciamento social, até que o Brasil alcance uma taxa de vacinação compatível com o retorno a uma vida próxima do normal”, disse a atriz.
“Sei, na pele que, mesmo na forma branda, a Cvodi é uma doença misteriosa, ainda desconhecida, que deixa sequelas. A melhor escolha é a vacinação. Por último, gostaria de ressaltar o excelente trabalho que vem sendo feito pela secretaria de saúde da cidade do Rio de Janeiro. As vacinas estão sendo distribuídas de forma justa, por todas as regiões da cidade, sem preferência de cor, credo ou classe social”, finalizou.
