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‘Ninguém ficará impune’, diz pai de Henry, assistente de acusação no julgamento de Jairinho e Monique

Justiça autorizou que Leniel Borel tenha um representante junto com o Ministério Público na ação que tramita no II Tribunal do Júri e que acusa Dr. Jairinho e Monique Medeiros pela morte de Henry Borel.

Reprodução

O menino Henry Borel, de 4 anos

Leniel Borel e seu advogado, o criminalista Leonardo Barreto, já começaram a definir as estratégias que vão usar junto com o Ministério Público para acusar Dr. Jairinho e Monique Medeiros no processo que tramita no II Tribunal do Júri sobre a morte do menino Henry Borel.

No último dia 10, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou Leniel Borel como assistente da acusação no processo, após a requisição do mesmo, mas a função vai ser exercida pelo advogado Leonardo Barreto.

“O pedido para se ter uma assistência de acusação, junto ao Ministério Público, é feito pelo familiar. Mas a função é exercida pelo advogado representante”, explicou o advogado.

Indenização de R$ 1,5 milhão
Ele e Leniel já tiveram uma primeira reunião com o promotor Fábio Vieira, que está à frente do caso e, entre as ações planejadas está a contratação de um perito particular para ajudar a rebater possíveis contestações das perícias feitas pelo estado, e o aditamento de uma indenização no valor mínimo de R$ 1,5 milhão em favor da vítima.

Segundo o MP, o pedido do aditamento da indenização é para evitar que as famílias de Jairinho e Monique vendam os seus patrimônios e que não sobre dinheiro para indenizar Leniel – representante de Henry.

“O aditamento foi uma iniciativa do MP, que só adiantou uma ação que poderíamos mover na esfera cível”, explicou Barreto.

O advogado contou também que as linhas de acusação ainda vão ser definidas e vão depender da defesa preliminar que os acusados Jairinho e Monique vão fazer.

‘Ninguém ficará impune’
O G1 também conversou com Leniel Borel que se disse focado em ajudar no que for preciso para que os acusados pela morte do seu filho não saiam impunes.

“A decisão de fazer parte da acusação partiu de mim. Hoje, sou o único para pedir justiça pelo meu filhinho. Recebi essa notícia como uma oportunidade para que a justiça seja feita”, disse.

Além de ter um advogado como assistente da acusação, Leniel será também testemunha do caso.

“Sei que nada vai trazer meu filho de volta, mas desejo auxiliar em todo o processo para que a justiça seja feita. Ninguém ficará impune”, diz Leniel tentando se amparar na luta para lidar com as saudades de Henry, morto no dia 8 de março.

“Sinto muita saudade do meu príncipe. Henry é tudo pra mim”, diz.