A Polícia Civil desvendou o assassinato de um homem achado carbonizado dentro de um carro, em Paulista, no Grande Recife. Segundo a corporação, o professor Samuel Teixeira foi morto por um homem com quem mantinha um relacionamento amoroso. Após ser preso, o suspeito disse aos policiais que “estava arrependido”.
Detalhes sobre o caso foram divulgados neta quinta-feira (8), durante entrevista coletiva, na sede da Polícia Civil, na capital pernambucana. O assassinato ocorreu no dia 12 de junho e o corpo foi queimado no dia seguinte.
O corpo do professor foi localizado dentro do próprio veículo que também estava queimado, no Janga, em Paulista. A descoberta do cadáver ocorreu depois que a vítima passou um dia desaparecida.
A prisão do homem, que não teve o nome divulgado, foi efetuada por uma equipe da 7ª Delegacia de Homicídios.
A polícia autuou o suspeito por três crimes: homicídio qualificado, por não dar chance de defesa à vítima, fraude processual, por ter queimado o corpo e o carro para apagar as provas, e roubo, já que foram roubados carteira e cartão de crédito para saque de R$ 5 mil.
O delegado Diego Jardim, responsável pelas investigações, informou que tudo começou quando o professor Samuel e o autor do crime começaram a discutir sobre a possibilidade de assumir o relacionamento amoroso.
O policial disse que o professor gostaria de divulgar que mantinha essa relação com o suspeito do crime, que discordou da ideia. Então, o professor procurou o homem e descobriu que ele tinha visitado uma ex-namorada.
Com ciúmes, a vítima procurou o suspeito. O criminoso, então, marcou um encontro com o professor e saiu de casa com uma faca. Os dois seguiram no carro do professor, que foi atraído pelo autor do homicídio.
“O autor do crime já tinha dito para a vítima que não queria divulgar que eles tinham envolvimento. Também alegou que estava com o relacionamento desgastado. Eles tiveram uma luta corporal e o autor do crime desferiu um golpe no professor”, afirmou o delegado.
Para a polícia, o crime foi premeditado. “Se ele não quisesse cometer um crime desses, não teria saído de casa com a faca”, declarou o policial.
Depois de matar o professor, o homem voltou sozinho para casa, dirigindo o carro da vítima. Como estava com a roupa suja de sangue, trocou de camisa.
Em seguida, o suspeito entrou no automóvel, onde estava o corpo da vítima, e levou para deixar em um lugar afastado.
No dia 12 de manhã, o suspeito abandonou o veículo com o corpo dentro. No dia seguinte, tentou apagar as provas do crime, tocando fogo no carro e no cadáver. “Estamos apurando se existe a participação e outras pessoas no caso”, disse o delegado.