No Instagram, Liziane Gutierrez afirmou que vídeos estão fora do contexto", mas que vai se pronunciar sobre o episódio somente às 19h. Festa em mansão tinha ingressos a R$ 1.600 e show de dupla sertaneja. Polícia Civil registrou o caso e local foi interditado.
Um vídeo gravado durante a ação da força-tarefa do estado em uma festa clandestina com mais de 500 pessoas em uma mansão nos Jardins, região nobre de São Paulo, na madrugada deste domingo (11), mostra a modelo e influenciadora Liziane Gutierrez gritando com policiais que participaram da operação. Ela diz para eles irem para a favela.
Após a operação policial, Gutierrez começa xingando os policiais e o deputado federal Alexandre Frota (PSDB). “Vocês são uns merdas, sabe por quê? Alexandre Frota assediou todo mundo nessa porra”, disse.
Depois, Liziane fala para os policiais irem para a favela. “Vai tomar conta de quem torra. Vai pra favela, caralho. Vai pegar na favela, e vocês assumem”.
Em sua conta no Twitter, Frota mostrou o vídeo e disse que a “mulher ficou descontrolada, sem máscara às 2h da madrugada, aglomerando, bebendo e resolveu xingar a Força Tarefa”.
À TV Globo, a Polícia Civil disse que não autuou a modelo por desacato.
O G1 procurou Liziane e aguarda posicionamento. No stories do Instagram, a modelo, que tem mais de 500 mil seguidores, se pronunciou:
“Eu sou sincera, sempre fui e sempre vou ser; tô mal com essa situação por ter errado e por ter vídeos fora do contexto. Hoje 19:00 vou fazer uma live e a gente conversa, deixem eu me explicar, depois vcs me criticam”, declarou ela.
Festa clandestina
A ação da força-tarefa do governo de São Paulo contra aglomerações durante a pandemia fechou a festa com mais de 500 pessoas na Rua Canadá em que a dupla sertaneja Matheus e Kauan fazia um show.
A ação contou com a presença de agentes do Garra, da Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vigilância Sanitária e Procon. A proprietária do local foi conduzida ao 78º Distrito Policial (Jardins) e um boletim de ocorrência foi registrado com base no artigo 268 do Código Penal, que pune desrespeito às normas sanitárias de prevenção à pandemia.
As festas e aglomerações continuam proibidas em São Paulo devido à pandemia de Covid-19 e o uso de máscara é obrigatório.
Segundo policiais civis que participaram da operação, foi feito um trabalho de inteligência e investigação para confirmar a realização da festa de grande porte. Os ingressos, segundo a investigação, eram de R$ 1.600 para homem e R$ 1.000 para mulher.
No local, após às 0h30, havia aglomeração de mais de 500 pessoas sem máscaras, informaram os policiais. A responsável pelo local foi conduzida à delegacia e várias pessoas prestaram depoimento. O local foi interditado.
Em nota, a dupla Matheus & Kauan diz que o contrato previa que a festa atendesse às normas da Vigilância Sanitária e afirmou que os testes de Covid-19 deram negativo.
“A dupla Matheus & Kauan foi contratada para realizar uma presença VIP em um aniversário, no dia 10 de julho de 2021 em uma pequena confraternização para familiares e amigos.
No ato da contratação foi afirmado pelo contratante que seriam seguidos todos os decretos que regulam concentração de pessoas, adotando protocolos de segurança e que não haveria venda de ingressos. Registra-se que a dupla realizou o teste no dia e o mesmo teve como resultado ‘Não Reagente’.
Infelizmente a parte Contratante não respeitou o pactuado, efetuando venda de ingressos sem nenhum comunicado e autorização, bem como também desrespeitou o acordado no que tange ao números de pessoas no local.
CONFORME CLAUSULA CONTRATUAL: ‘Atender às exigências do Poder Público para realização de eventos, seja perante a Policia Militar, Policia Civil, Corpo de Bombeiros, Juizado de Menores, normas/exigências de acessibilidade, da Vigilância Sanitária, ECAD ou qualquer outro órgão similar privado, ou qualquer outra instituição, bem como arcar com os prejuízos oriundos da inobservância desta alínea, isentando em qualquer hipótese, a CONTRATADA’
Reiteramos que a dupla Matheus & Kauan, jamais participaria de uma festa clandestina. O departamento jurídico que assessora os artistas adotará as medidas cabíveis relativo ao descumprimento do contrato”, diz a nota.