Esporte

Judoca alemã defende técnico após ser ‘estapeada’ na Olimpíada; veja vídeo

Técnico da seleção alemã foi advertindo formalmente pela Federação Internacional de Judô (FIJ): o judô 'é um esporte educacional e, como tal, não pode tolerar esse tipo de comportamento'.

A judoca Martyna Trajdos, da Alemanha, defendeu seu técnico, Claudiu Pusa, que foi criticado e recebeu uma advertência formal após “estapeá-la” antes de uma luta nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

No vídeo, é possível ver Pusa puxar Trajdos pelo quimono com força e, em seguida, dar dois tapas no rosto da atleta (assista acima). A imagem rapidamente gerou forte reação.

A agressão ocorre em meio a uma Olimpíada marcada pela igualdade de gênero.

Trajdos afirmou que a agressão é um “ritual que escolhi antes da competição”. “Meu treinador está apenas fazendo o que eu quero para me animar!”, escreveu a atleta alemã em uma rede social.

Mas a explicação não satisfez a Federação Internacional de Judô (FIJ), que disse ter emitido “um sério aviso oficial” para o técnico da seleção alemã pelo “mau comportamento”.

Segundo o FIJ, o judô “é um esporte educacional e, como tal, não pode tolerar esse tipo de comportamento”.

Trajdos, que perdeu a luta, também escreveu no Instagram que “parece que não foi duro o suficiente” (em referência aos tapas).

A atleta alemã tem 32 anos e compete na categoria até 63 kg. Ela conseguiu um bronze no Mundial de 2019, em Tóquio, e foi derrotada pela judoca brasileira Mariana Silva na Rio 2016.

Igualdade de gênero
A questão da igualdade de gênero ficou evidente logo na cerimônia de abertura: a maior parte dos países atendeu ao pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI) e escalou um homem e uma mulher como porta-bandeira dos países nos desfiles das delegações olímpicas.

No ápice da cerimônia, a tenista Naomi Osaka acendeu a pira olímpica e foi a protagonista do momento mais simbólico dos Jogos. Mas, apesar disso, a diferença ainda é muito grande: 20 homens já lideraram o principal momento da abertura, contra 9 mulheres.

As Olimpíadas de Tóquio são também os Jogos da diversidade, e a Tóquio 2020 tem mais atletas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e não binários assumidos do que Londres 2012 e a Rio 2016 juntas.

Em Paris 2024, o COI já definiu que os Jogos terão o mesmo número de atletas homens e mulheres pela primeira vez na história das Olimpíadas.