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Messi fora do Barcelona: Laporta lamenta saída e revela ‘herança nefasta’, mas diz que clube ‘está acima até do melhor do mundo’

O dia 5 de agosto de 2021 jamais será esquecido no Barcelona ao ser marcado pela despedida de Lionel Messi após 17 temporadas no time principal. No dia seguinte à saída melancólica, o presidente Joan Laporta falou à imprensa e explicou os motivos.

Insatisfeito ao perder o astro, o cartola disparou contra a nova norma financeira implantada por LaLiga. Além disso, criticou a gestão passada do clube, que, segundo ele, deixou uma herança nefasta que comprometeu bastante as finanças do clube.

“Infelizmente temos uma instituição com 120 anos de história, que está acima de tudo, de todos os jogadores, inclusive do melhor jogador do mundo, do presidente. Ele nos deu tanta coisa, estaremos agradecidos eternamente”.

“Os motivos pelos quais não pudemos e decidimos (não renovar) foram as razões econômicas muito claras, em que se encontram a entidade. Quero deixar claro que Leo queria ficar, e que o clube queria que ele ficasse”, disparou o cartola, para completar.

“Desgraçadamente, recebemos uma herança nefasta. A folha salarial representa 110% das receitas do clube. Não temos margem salarial. Quando chegamos ao clube, os números apresentados depois da auditoria foram muito piores do que nos haviam dito e do que prevíamos. As perdas são muito elevadas, as dívidas muito elevadas. Não temos margem”, explicou.

A crise financeira prejudicou o Barcelona de forma agressiva. No início da temporada 2019/10, sem a pandemia, o clube tinha um limite salarial de 671,4 milhões de euros. Contando já o fim da temporada 2020/21, a redução foi de quase 50%, caindo para 347 milhões de euros.

O faturamento ruim durante a pandemia ainda trouxe mais prejuízos. A expectativa é de que o valor gira em torno de 200 milhões de euros, cerca de R$ 1,2 bilhão. A informação é do diário The Guardian.

A última financeira foi a parceria de LaLiga com o fundo de investimento CVC, onde injetaria cerca de 270 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão). No entanto, o clube precisava, segundo Laporta, se comprometer durante 50 anos, algo que não foi aceito.

“A inscrição de Leo passava por aceitar uma operação que não era interessante para o Barça. Entendemos que não tínhamos que aceitar uma hipoteca dos direitos televisivos do clube durante meio século”, finalizou.