Os três ativistas que estavam presos acusados de incendiar a estátua de Borba Gato. na Zona Sul de São Paulo, foram soltos na noite de terça-feira (10) por determinação da Justiça. O ato ocorreu em 24 de julho e foi filmado pelos manifestantes.
O juiz Eduardo Pereira Santos Junior, da 5ª Vara Criminal, decidiu revogar as prisões preventivas por entender que não havia justificativas para que eles continuassem detidos. “Não há como se presumir que a soltura dos réus traga danos à ordem pública, prejudique a instrução criminal ou frustre a aplicação da lei penal”, escreveu o magistrado em sua decisão.
O motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, de 32 anos, e o motorista Thiago Vieira Zem, de 35, deixaram o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na Zona Leste, por volta das 21h.
O torcedor corintiano Danilo Silva de Oliveira, o Biu, de 36, deixou a carceragem do 101º Distrito Policial (DP), Jardim das Imbuias, na Zona Sul, por volta das 23h.
Galo estava preso desde o dia 28 de julho, quando se apresentou para falar da sua participação no incêndio. Ele confessou que pertence ao grupo Resistência Periférica, que convocou um protesto pelas redes sociais, e que planejou atear fogo na estátua para debater publicamente a existência do monumento que homenageia o bandeirante paulista. Segundo alguns historiadores, Borba Gato escravizou negros e indígenas.