A cúpula da comissão se reúne neste domingo para discutir como será a primeira acareação das investigações, marcada para quarta-feira
A cúpula da CPI da Pandemia se reúne neste domingo para discutir como será a primeira acareação das investigações, marcada para quarta-feira, entre o ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni e o deputado federal Luís Miranda.
A sessão é considerada de alta tensão e colocará frente a frente duas versões sobre o andamento das investigações no contrato da vacina indiana Covaxin. O governo afirma que a denúncia apresentada pelos irmãos Miranda teria chegado com poucas informações e que, nem por isso, o presidente Jair Bolsonaro deixou de dar encaminhamento para investigar.
Neste ponto, há divergências se o presidente teria dito que avisaria a PF ou o Ministério da Saúde. Os irmãos Miranda dizem que ouviram de Bolsonaro que o encaminhamento seria para a polícia. Além disso, há inconsistências sobre a data que a invoice (uma pré-fatura) sobre a compra da vacina teria chegado ao governo.
A reunião da cúpula neste domingo também servirá para discutir a situação do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, que foi chamado a depor nesta semana, mas alegou à comissão que está em viagem.
O presidente da CPI pediu para a Polícia Legislativa verificar a veracidade desta informação, já que Araújo não teria comunicado destino e tampouco enviado comprovante de viagem. Homem considerado de confiança do governo de Brasília, ele é investigado por suposta irregularidade na compra de testes de Covid-19.
A previsão desta semana é também ouvir na terça-feira o auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo, e o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, na quinta-feira.
O presidente da comissão Omar Aziz disse à CNN que vai conversar com o vice Randolfe Rodrigues e o relator Renan Calheiros em uma reunião de acesso remoto.