Saúde

Criança que sofreu fratura do crânio ao cair do 1º andar de pousada recebe alta médica

Sesau

Antes de receber alta médica do HGE, Lorena esteve acompanhada da mãe na Ala Pediátrica

Uma fatalidade modificou completamente as férias familiares de Lorena Figueira Gaioso de Oliveira, de 10 anos. Eles estavam viajando pelo Nordeste, quando, na pousada em que estavam hospedados, em Maceió, a menina pisou em falso e caiu do primeiro andar. O fato aconteceu quando a criança estava brincando com os irmãos, mas, felizmente, ela foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde recebeu assistência qualificada e foram tratados o hematoma na cabeça e a fratura do crânio, resultando na alta médica.

“Ela chegou ao HGE grave, porém hemodinâmicamente estável, sob ventilação mecânica. Na tomografia de crânio foram evidenciadas as múltiplas fraturas na região, com uma hemorragia intracraniana”, relatou o neurocirurgião Gustavo Alencar.

Lorena foi submetida a um procedimento cirúrgico de emergência, chamado craniotomia, segundo explicou o especialista. A intenção era drenagem do hematoma intracraniano e correção de fratura, tipo afundamento. O procedimento aconteceu sem intercorrências.

Mayara Alves Fiqueira, 30 anos, mãe da criança, não estava na viagem e descreveu a angústia que sentiu quando soube do acontecimento. Eles moram em Limeira, São Paulo.

“Fiquei muito sofrida, mas, certa que não existiam culpados. Eu só queria estar perto deles. Como eu estava sem dinheiro para a passagem, familiares e amigos se juntaram e fizeram uma vaquinha online. No outro dia eu estava em Maceió, minha filha estava na UTI. Graças a Deus e toda a rapidez no atendimento, ela está recuperada, sem sequela alguma”, salientou a mãe de Lorena.

Segundo o médico Gustavo Alencar, ela foi para UTI ainda grave, mas, após o procedimento cirúrgico e medidas clínicas na terapia intensiva pediátrica, evoluiu com melhora clínica importante.

Humanização – A pediatra Auxiliadora Costa, uma das profissionais que também cuidou de Lorena, mencionou que, antes da alta, foi realizado um desejo dela, que estava com metade dos cabelos raspados devido a cirurgia. “Ela queria muito tirar todo o cabelo, relatava que estava dando muito trabalho para cuidar e queria que crescesse por igual. Para isso, a equipe se organizou, com o serviço social à frente, e trouxe uma máquina de corte. O pai fez a raspagem total e Lorena foi para casa feliz da vida, como ela queria. Totalmente carequinha”, relatou.