Futebol

PSG: Mbappé não quer ‘lugar’ de Neymar e revela o que fez brasileiro sofrer no clube: ‘Pessoas pensavam que era descuido’

No centro das atenções do futebol mundial neste momento, uma vez que o seu futuro no Paris Saint-Germain é colocado em xeque em meio à janela de transferências europeia, o atacante Kylian Mbappé concedeu entrevista à revista “Esquire” e quebrou o gelo em meio à tantas incertezas. E o camisa 7 do clube parisiense falou bastante sobre um dos seus grandes companheiros dentro das quatro linhas: Neymar.

Sobre a relação com o brasileiro, o atacante de 22 anos mostrou ter muito respeito e admiração pelo camisa 10 do PSG. Mbappé lembrou inclusive de uma conversa que teve com Neymar, logo após ser campeão do mundo com a França em 2018, na Rússia. E segundo ele, sua intenção nunca foi ou será ocupar o lugar do companheiro de equipe no Parque dos Príncipes.

“Não vou pisar no seu jardim. Serei um candidato à Bola de Ouro este ano [2018] porque você não será, mas prometo que não quero tomar o seu lugar”, lembrou Mbappé sobre as palavras ditas ao brasileiro no encontro.

Ainda sobre o companheiro de ataque, Mbappé lembrou que Neymar sofreu em seu início no PSG. E tudo isso por conta da diferença cultural entre Brasil e França. O camisa 7 fez questão de explicar.

“No Brasil as pessoas são mais festivas, na França mais sérias. Aqui não é considerado uma coisa boa mostrar suas paixões. As pessoas pensavam que era descuido com o PSG ele jogar pôquer. Acho que ele começou a entender. No começo foi difícil para ele, porque viveu isso como uma afronta. Quando ele chegou, colocaram seu rosto na Torre Eiffel e seis meses depois perguntaram por que ele jogava pôquer. Na França, as pessoas sabem o que você tem, mas não precisam ver. Elas só querem ver você jogando futebol, sorrindo”, prosseguiu.

Por último, Mbappé também falou sobre as comparações com o seu mais novo companheiro de time, Lionel Messi, e Cristiano Ronaldo. O francês ainda respondeu sobre Erling Haaland, do Borussia Dortmund, que também é comparado a ele.

“Todos sabem disso. Se você diz a si mesmo que vai se sair melhor do que eles, vai além do ego ou da determinação: é falta de consciência. Esses jogadores são incomparáveis. Eles quebraram todas as barreiras da estatística. Eles tiveram dez, quinze anos extraordinários. Você sempre se compara aos melhores do seu esporte. (…) Acho que outros jogadores também estão me observando. Acho que isso leva o futebolista a elevar seu jogo, assim como o Messi foi bom para o Ronaldo e Ronaldo foi bom para Messi”, disse.

“É o segundo ano dele [Haaland], estamos começando a conhecê-lo. É o começo para ele. Estou feliz por ele, pelo que está fazendo”, finalizou.