Durante lançamento de projeto ambiental no interior de Minas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (17) que levará “verdades” sobre o Brasil durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, que acontecerá na terça (21).
“Estarei indo à ONU, participando do discurso inicial daquele evento. Teremos verdades, realidade do que é o nosso Brasil e o que nós representamos verdadeiramente para o mundo”, disse Bolsonaro no lançamento do projeto “Pró-Águas Urucuia”, em Arinos (MG).
O projeto integra o Programa Águas Brasileiras, voltado para revitalização de bacias hidrográficas. A iniciativa vai atender 14 cidades de Minas e Goiás, com investimento de R$ 105,8 milhões para a conservação do solo, da água e a recomposição da vegetação nativa em 2 mil hectares de áreas degradadas do Rio Urucuia.
Ainda segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o projeto busca plantar 4,5 milhões de mudas de espécies nativas do Cerrado ao longo de sua execução.
Discurso nas Nações Unidas
A fala de Bolsonaro na ONU está prevista para começar às 9 horas da próxima terça-feira, dia 21.
Bolsonaro, como segue a tradição dos presidentes brasileiros, será o primeiro a discursar. Em seguida, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursará.
O governo anunciou hoje a comitiva que o acompanhará na viagem nesta sexta-feira.
Comitiva
O presidente viaja acompanhado dos ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Carlos França (Relações Exteriores), Gilson Machado (Turismo), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia).
Também foram relacionados para a viagem o presidente da Caixa, Pedro Guimarães; o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Flávio Viana; o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster; o representante junto à ONU, Ronaldo Filgo.
Completam a comitiva dois familiares do presidente: a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Sete de Setembro
A fala de Bolsonaro na Assembleia da ONU acontecerá após os discursos de 7 de Setembro, que provocaram forte reação no Judiciário e tiveram repercussão internacional. Após as reações, o presidente divulgou uma carta à nação, redigida pelo ex-presidente Michel Temer, sinalizando pacificação interna.
Na ONU, segundo o analista de política da CNN Caio Junqueira, Bolsonaro deve tentar diminuir as animosidades do mundo em relação ao Brasil. O discurso, no entanto, ainda não foi finalizado.