A chuva que caiu na região da Chapada dos Veadeiros na sexta-feira (24) ajudou a apagar o incêndio que já durava quase duas semanas. O fogo destruiu 36 mil hectares, de acordo com o último levantamento dos bombeiros.
O coordenador de prevenção e combate a incêndios do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, disse que parte dos focos já estavam controlados. “A chuva ajudou a extinguir o restante das chamas. O incêndio foi extinto”, disse.
Um sobrevoo deve ser feito na região para verificar se nenhum novo foco surgiu e também avaliar o tamanho da destruição.
A chuva caiu na região conhecida como Encontro das Águas, próximo de São Jorge, distrito de Alto Paraíso de Goiás, norte do estado.
A Polícia Civil tem cinco inquéritos abertos para apurar quem ateou fogo à região e já identificou três pessoas responsáveis. A situação levou a Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás a decretar estado de emergência ambiental.
Capitão do Corpo de Bombeiros, Luiz Antônio Dias Araújo disse que acredita que o fogo é resultado de uma ação criminosa na região e que deve ser investigada pela Polícia Civil.
“Há ação de incendiários aqui na região. Hoje a gente tem essa convicção de que há alguém colocando fogo de forma criminosa às margens das rodovias”, disse.
Uma das pessoas que a corporação aponta como responsável é um fazendeiro. Segundo as investigações, ele ateou fogo para desmatar área da sua propriedade, mas as chamas saíram do controle, se espalhando por cerca de 10 mil hectares.
O segundo responsável apontado pela corporação é um jovem que ateou fogo a um lixão em São Jorge, um distrito da cidade de Alto Paraíso de Goiás.
A Polícia Civil apontou um terceiro responsável, que, enquanto cortava um objeto com uma máquina, deixou uma fagulha escapar. Diferente dos dois primeiros, este não teve intenção de ater fogo a nenhum material.
Incêndio
As chamas na região começaram no dia 12 de setembro. No último dia 20, atingiram o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em dois pontos. Porém, como são distantes da área turística, a visitação segue aberto nesta sexta-feira.
Na área que está queimando, um fazendeiro já relatou prejuízo de R$ 1,5 milhão por não conseguir controlar as chamas que chegaram à sua lavoura de milho.
Brigadistas também já tiveram que ser resgatados porque ficaram feridos durante o combate ao incêndio.