A polícia italiana começou a investigar Spagnesi após, supostamente, descobrir que seu colega de apartamento importou da Holanda um litro da droga GHB para “estupro”, que pode ser usada para incapacitar vítimas de agressão sexual.
Os detetives alegam que os dois homens usaram sites de namoro online para convidar pessoas para festas onde drogas eram compartilhadas e vendidas.
Na operação, que contou com busca e apreensão no apartamento de Spagnesi, a polícia encontrou garrafas que teriam sido adaptadas para fumar crack.
Spagnesi é um ex-estudante de medicina, que abandonou a faculdade e a trocou pelo sacerdócio aos 26 anos, dizendo que encontrou “plenitude e alegria em me colocar à disposição dos outros”.
As suspeitas começaram quando um contador da paróquia descobriu que Spagnesi havia sacado mais de 100 mil euros da conta bancária da paróquia (cerca de R$ 626 mil). Essa atividade levou o bispo local a intervir e acabar com o acesso do padre à conta. A polícia acredita que ele estava usando o dinheiro para comprar drogas.
Quando Spagnesi não conseguiu mais sacar dinheiro da conta da igreja, ele supostamente começou a pegar as doações dos fieis e a pedir recursos diretamente dos paroquianos, que eram informados de que ele estava arrecadando dinheiro para famílias de baixa renda.
O jornal local La Nazione relata que os paroquianos tinham “grande fé em seu padre jovem, brilhante, envolvente e refinado”, mas agora iniciaram uma ação legal para pedir o ressarcimento das doações. Pelo menos duas ações judiciais por fraude chegaram ao gabinete do procurador, disse a publicação.
De acordo com o diário italiano Corriere Della Sera, Spagnesi culpou uma “recaída em cocaína” por suas ações e também revelou que é HIV positivo.