Entre hoje (06) e amanhã (07) o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza a 3ª edição da Feira da Reforma Agrária na cidade de São Luiz do Quitunde, em Alagoas. Ao longo dos dois dias de atividade, acampados e assentados da região comercializam uma série de produtos da Reforma Agrária no preço justo no município que é o primeiro que recebe as Feiras do MST em 2021.
De acordo com a coordenação do MST, as Feiras ainda devem ocorrer nas cidades de Teotônio Vilela, Delmiro Gouveia, Piranhas, Joaquim Gomes e Atalaia, seguindo os protocolos sanitários e levando para todas as regiões do estado uma demonstração do que tem sido produzido nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária em Alagoas.
Segundo Margarida da Silva, a retomada das Feiras em Alagoas simboliza mais um passo importante na defesa da Reforma Agrária em todo o estado. “Desde o início da pandemia ficamos impossibilitados de realizar nossas Feiras como estamos acostumados a fazer aqui em Alagoas, mas a produção da Reforma Agrária nunca deixou de ocupar as cidades, sejam através das Cestas Agroecológicas ou pelas ações de solidariedade realizadas pelo Movimento. Agora, aos poucos, vamos conseguindo retomar nossa agenda de comercialização em todas as regiões do estado, matando um pouco da saudade das nossas Feiras”, comentou Margarida.
A primeira cidade a receber a edição da Feira em 2021 é São Luiz do Quitunde e ainda em outubro a Feira acontecerá no município de Teotônio Vilela. Em São Luiz, a abertura oficial ocorre na noite de hoje (06), ao lado da Câmara de Vereadores, onde as dezenas de barracas já comercializam a fartura dos alimentos vindos da roça.
“Começamos em São Luiz do Quitunde com uma Feira riquíssima, demonstrando a diversidade de produtos frutos da Reforma Agrária em Alagoas. Quem vier poderá comprar banana, macaxeira, abacaxi, abóbora, batata e uma série de outros alimentos diretos da mão de quem produz diariamente”, destacou a dirigente.
Desde as primeiras horas da manhã do primeiro dia de Feira em São Luiz do Quitunde, diversos moradores da cidade já circulam entre as barracas e levam sacolas cheias de alimentos para suas mesas. “Aqui não comercializamos somente a comida, mas trazemos para a cidade a bandeira da luta pela terra e pela Reforma Agrária como fundamentais para combater a fome, gerar emprego e desenvolver a saúde através da produção de alimentos saudáveis”, disse Margarida.